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Emagrecimento

Wegovy: remédio que reduz até 17% do peso é liberado no Brasil

O Wegovy foi o primeiro e único medicamento semanal aprovado pela Anvisa para emagrecimento no Brasil

Wegovy: remédio que reduz até 17% do peso é liberado no Brasil - Imagem: reprodução Freepik
Wegovy: remédio que reduz até 17% do peso é liberado no Brasil - Imagem: reprodução Freepik

Vitória Tedeschi Publicado em 03/01/2023, às 17h45


A farmacêutica Novo Nordisk anunciou, na última segunda-feira (2), que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou Wegovy (semaglutida 2,4mg) para o tratamento do sobrepeso (com comorbidades) e obesidade no Brasil.

O medicamento é comercializado nos Estados Unidos desde 2021 e foi o primeiro produto biológico aprovado pela Anvisa. Ele é famoso pois promoveu a redução média de 17% do peso corporal nos pacientes, em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo. Segundo os resultados do programa de ensaios clínicos STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity).

Além disso, de acordo com o mesmo estudo, um em cada três pacientes perdeu 20% de seu peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do Wegovy (semaglutida 2,4mg), em comparação com 31,1% para placebo.

A injeção está enquadrada numa classe de medicamentos que está dentro das apostas dos cientistas como uma arma contra o sobrepeso e a obesidade. De acordo com a farmacêutica Novo Nordisk, a semaglutida pode ser usada para promover emagrecimento, porque contém substâncias como GLP-1, hormônio que otimiza a produção de insulina no sangue e promove a sensação de saciedade.

Desta forma, pacientes dentro dos quadros mencionados acima ganham uma nova ferramenta para o tratamento da saúde. Todavia, devem ter atenção, pois há registros de efeitos colaterais, como: alterações gastrointestinais, náuseas, diarreia, vômitos, constipação e dores abdominais.

Já posso começar a usar?

Em entrevista para o g1, o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Miranda, explicou que acredita que o medicamento chegará ao país com preço elevado (nos EUA é cotado em US$1.300 por mês) e com certa dificuldade logística. Assim, é bem provavél que paciente que dependem do SUS tenham certa dificuldade de acesso.

Além disso, citou que a farmacêutica Novo Nordisk informou que ainda não há uma data precisa para que a injeção chegue ao mercado brasileiro. Porque depois da aprovação da Anvisa, ainda é preciso esperar pela finalização de outros processos legais, como por exemplo, a definição de preços que serão decididos pela Câmera de Regulamentação do Mercado de Medicamentos.

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