Diário de São Paulo
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Alta em Internações

Hospitais enfrentam alta de 28% nas internações por problemas respiratórios

Instituições enfrentam desafios com aumento expressivo de casos e maior pressão financeira

Hospitais buscam alternativas para gerenciar aumento nos custos e número de pacientes - Imagem: Reprodução / Freepik
Hospitais buscam alternativas para gerenciar aumento nos custos e número de pacientes - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 19/09/2024, às 10h24


Um levantamento realizado em 27 hospitais públicos e filantrópicos de diferentes regiões do Brasil revela um aumento de 27,6% nas internações por doenças respiratórias entre janeiro e agosto de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento expressivo tem gerado uma pressão considerável sobre a capacidade dessas instituições, tanto em termos de número de leitos quanto no que diz respeito aos custos operacionais. De acordo com o estudo conduzido pela Planisa, empresa especializada em gestão hospitalar, o aumento das internações custou R$ 11 milhões a mais do que o registrado no ano passado.

O diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo, destaca que o impacto econômico é significativo, visto que o aumento de internações não se limita apenas à maior demanda por recursos, mas também ao custo crescente dos tratamentos diários. Esse cenário coloca uma pressão financeira adicional sobre os hospitais, que já enfrentam desafios orçamentários devido a outros fatores, como a inflação nos preços de insumos hospitalares e a necessidade de reforçar as equipes médicas.

Carnielo também enfatiza a importância de medidas preventivas para mitigar o número crescente de pacientes com doenças respiratórias. Entre as estratégias apontadas está o incentivo à vacinação, especialmente contra doenças respiratórias sazonais, que tendem a aumentar com a chegada de períodos climáticos mais extremos, como as ondas de frio ou de calor. Essas condições podem agravar quadros de doenças respiratórias, levando a mais internações.

Para lidar com a alta da demanda, os hospitais estão sendo desafiados a adaptar seus planejamentos operacionais. Isso inclui a otimização de recursos como leitos, profissionais de saúde e equipamentos, além da revisão contínua dos protocolos de atendimento. Carnielo salienta que uma gestão mais eficiente, focada em prever picos sazonais e em se preparar para eventos climáticos adversos, será crucial para que os hospitais mantenham sua capacidade de atendimento e minimizem os impactos econômicos.

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