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Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde: por que a geração Z é considerada a mais deprimida?

No Dia Mundial da Saúde o Diário de S.Paulo conversou com especialistas que explicaram as principais razões

No Dia Mundial da Saúde o Diário de S.Paulo conversou com especialistas que explicaram as principais razões - Imagem: reprodução Freepik
No Dia Mundial da Saúde o Diário de S.Paulo conversou com especialistas que explicaram as principais razões - Imagem: reprodução Freepik

Vitória Tedeschi Publicado em 07/04/2023, às 08h00


O Dia Mundial da Saúde, celebrado todos os anos em 7 de abril desde 1948, quando foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é um momento especial dedicado a conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde de cada um de nós.

Muitas pessoas consideram-se saudáveis quando estão sem nenhuma doença, porém, de acordo com a própria OMS, a falta de enfermidades não significa a presença de saúde, ou seja, para realmente afirmar que uma pessoa está saudável é preciso analisar um conjunto de fatores, tais como qualidade de vida, aspectos mentais e físicos.

A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade" - Organização Mundial da Saúde (1946).

A importância dessa citação, que a princípio pode parecer óbvia, é muito nítida quando o assunto são os transtornos mentais, considerados por alguns especialistas as enfermidades mais incapacitantes do século XXI. Isso porque, por não serem visíveis, elas foram negligenciadas por décadas nas discussões em todos os campos sociais, mas se tornaram pontos centrais do debate contemporâneo sobre saúde.

Um exemplo simples para entender a citação é imaginar uma pessoa de 25 anos, sem nenhuma doença grave aparente ou que necessite de tratamento desde muito nova. Ela não tem pressão alta, nem problemas na tireoide, muito menos diabetes. Seus exames de sangue sempre dão resultados bons, nada fora do normal: ela é considerada uma pessoa saudável.

No entanto, essa mesma pessoa sofre de ansiedade todos os dias, tem ataques de pânico quando está em lugares muito lotados, demora muito tempo para dormir [quando dorme] e tem princípios de depressão que mal ela mesma consegue compreender: ela não é uma pessoa saudável.

Ou seja, falar sobre saúde é algo muito mais complexo e que vai muito além do que olhar para alguém e julgar se essa pessoa é saudável ou não. Outro exemplo claro desse julgamento sem base médica, é a famosa polêmica de pessoas magras serem automaticamente associadas à saúde e as gordas à doença.

Em suma, quando o assunto são as doenças do século - as que não podemos ver - automaticamente pensamos nessa persona (uma representação fictícia de alguém) do exemplo acima, alguém na casa dos 20 anos, aparentemente saudável, mas que esconde grandes problemas por trás de sua rotina intensa de trabalho e estudos, na maior parte do tempo na frente das telas de computadores e celulares.

Porque dizem que a geração Z é a "geração deprimida"?

Você já deve ter ouvido falar algo sobre a tal "geração Z", os nascidos entre 1990 até o início do ano 2010, ser considerada a que mais tem depressão, ansiedade e vários outros transtornos mentais. Mas se você, assim como muitas outras pessoas, ficou em dúvida sobre quem seriam essas pessoas e porque elas seriam as mais deprimidas, continua lendo essa matéria que o Diário de S.Paulo conversou com alguns especialistas para tirar todas as suas dúvidas.

Um estudo publicado em 2022 pela consultoria internacional McKinsey e divulgado no portal Guia do Estudante, da editora Abril, revelou que os níveis de bem-estar social e emocional da geração Z são os mais baixos entre todas as gerações. A conclusão foi baseada em jovens que têm entre 16 e 24 anos de idade e que, nos últimos dois anos, estão em fase de transição dos estudos para a vida profissional.

Entre participantes da pesquisa, os também chamados "Gen Z" são os que mais dizem sentir sofrimento emocional: 25%. Em seguida, vêm empatados os millennials (nascidos entre 1981 e 1995) e a geração X (nascidos entre 1965 e 1981) com 13%. Por último, aparecem os mais velhos, da geração baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), com apenas 8%.

A partir disso, José Fernandes, também conhecido como Dr. Burnout, que é neurologista e psiquiatra clínico, explica que existem várias razões para a geração Z ser considerada a mais deprimida, e não exclui os millennials dessa conta.

Ele afirma que existem diferentes fatores que podem influenciar isso nas gerações em questão: "Estas duas gerações são as mais solitárias, e a solidão possui relação direta com a tristeza, ou seja, é fator de risco para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, pânico, etc. É verdade que isso se aplica a qualquer idade, mas a necessidade de se relacionar com os demais é maior na juventude. Quando somos induzidos à solidão, viramos uma "isca" para os transtornos psiquiátricos", explica ele.

Além disso, ele afirma que outro fator que influencia para essas pessoas serem mais "vulneráveis" quando o assunto são as doenças mentais é o "ambiente" em que elas foram criadas.

Eles foram educados em uma 'meritocracia' muito voltada para o sucesso socioeconômico e profissional condicionado ao esforço. A maioria deles certamente ouviu frases como 'se você se esforçar, conseguirá o que deseja'. É uma geração que se esforçou para atingir seus objetivos de vida, mas, em muitos casos, tiveram resultados frustrantes", diz.

Ele cita como exemplo, que na adolescência/fase adulta desse grupo, os estudos universitários foram ligados ao sucesso profissional, mas, "ao final do período de estudos, ocorreu uma crise econômica que não permitiu a eles se desenvolver no trabalho. Agora, eles podem ter medo de que o mesmo aconteça devido à pandemia".

A psiquiatra Maria Fernanda Caliani, concorda com José e ainda acrescenta que existe um perigo muito claro quando existe uma confusão sobre o que realmente seria a tão almejada felicidade ou o sucesso e o conflito disso com as frustrações da vida.

É do ser humano escapar da dor, da tristeza, por isso buscam prazeres que se confundem com felicidade. Seja no vício, na comida, nos jogos. Essa geração foi criada sem frustrações. Pais assoberbados de trabalhos e culpados pela falta de tempo, com seus filhos dentro dos quartos e infiltrados no mundo cibernético, não sabem lidar com as frustrações. Tiveram que lidar com pandemia", afirma ela.

Além das questões que envolvem os sentimentos de felicidade, tristeza e frustração, existe ainda outro fator importante para ser analisado, ainda segundo José Fernandes: a ansiedade social. Segundo ele, quando se cultiva essa solidão muito presente entre a Geração Z, sendo ela por obrigatoriedade ou por escolha, existe uma sensação de angústia ao retorno das atividades sociais, que pode interferir em todas as atividades cotidianas dessa pessoa.

"Ouço diariamente no consultório que muitas pessoas dessa idade possuem a sensação de não conseguir 'conectar-se' com seus pares. Elas sentem que não se divertem em situações sociais com muita gente e sofrem ansiedade quando estão rodeadas de pessoas que acabaram de conhecer", relata José.

Um dos principais motivos para isso, de acordo com os dois especialistas, seria a dificuldade em lidar com os próprios sentimentos, o que foi, e continua sendo todos dias, seriamente impactado pela presença das redes sociais em grande parte da construção da vida social desse grupo de pessoas.

"É muito comum os adolescentes ansiosos não saberem lidar com seus sentimentos, muitos apenas se relacionam nas redes sociais, local mais confortável para não se exporem", insere o assunto Maria Fernanda.

As redes sociais se converteram em um refúgio para muitos jovens que se sentem mal. Uso excessivo ou como forma de evitar momentos de ansiedade. Isso pode fazer com que se refugiam nas redes para evitar situações sociais presenciais. Essa situação poderia expô-los apenas a conteúdos com os quais possam se comparar negativamente, incluindo publicações que demonstram expressões de dor emocional por pessoas desconhecidas (por exemplo, imagens de automutilações)", complementa o neurologista.

Um bom exemplo para entender como as pessoas dessas gerações mais novas têm dificuldade de ter um contato social saudável, algo extremamente importante para a saúde mental, é comparar como as pessoas antigamente se conheciam e mantinham relacionamentos.

Antigamente, as relações eram 100% presenciais e físicas, as pessoas eram acostumadas a fazer contato visual, interpretar os sinais corporais e tinham até mesmo mais controle sobre a própria maneira de se comunicar através do corpo.

Hoje, em uma Era onde a maioria das pessoas se conhecem virtualmente, essa relação de contato visual, físico e comunicativo se tornou mais complicada, simplesmente por não ser algo cotidiano para muitas pessoas (exemplo: pessoas que trabalham de casa, sozinhas, podem ficar dias sem ter contato presencial com mais ninguém).

Doenças mentais no Brasil em números

Para continuar compreendendo a problemática das doenças mentais entre a Geração Z, mas também entre os millenials brasileiros, vale citar uma pesquisa que destacou as principais preocupações que podem piorar esse cenário.

Mercado de trabalho, desemprego, segurança pessoal e finanças são os temas que mais preocupam ambas as gerações por aqui. Confira abaixo alguns pontos de destaque do estudo publicado pelo G1:

  • Mais da metade (51%) dos brasileiros pertencentes à geração Z e quase metade dos millennials (48%) trabalham presencialmente. Porém, a maioria dos entrevistados das duas gerações (65% da Z e 63% dos millennials) prefere um modelo híbrido de trabalho;
  • Os níveis de Burnout são significativamente mais altos no Brasil do que a média global: aqui, 59% dos entrevistados da geração Z e 58% dos millennials dizem se sentir esgotados por causa da intensidade e das demandas do trabalho. As médias globais são de 46% e 45%, respectivamente;
  • Os níveis de estresse e ansiedade aumentaram um pouco para a geração Z no Brasil (de 54% no ano passado para 56% em 2022), mas caíram para os millennials (de 52% para 47%). As mulheres das duas gerações, tanto no Brasil quanto fora, responderam que se sentem mais ansiosas, o tempo todo ou na maior parte do tempo;
  • A maioria não se sente à vontade para falar sobre saúde mental com seus empregadores - a insatisfação com o salário (17% da geração Z e 28% dos millennials) e a falta de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento (16% da geração Z e 10% dos millennials) são as principais razões pelas quais eles estão deixando seus empregos;
  • Ambas as gerações são mais propensas a viver sem reservas e com medo de que o salário não seja suficiente para cobrir todas as despesas e os gastos extras no Brasil do que na média global: 56% dos entrevistados da geração Z e 57% dos millennials afirmam viver essa situação. Já os índices internacionais caem, respectivamente, para 46% e 47%;
  • Por esse motivo, muitos estão assumindo trabalhos paralelos (39% da geração Z no Brasil ante 43% global e 38% dos millennials brasileiros ante 32% global);
  • Se estivessem no comando das empresas, os entrevistados brasileiros da geração Z priorizariam iniciativas como promover líderes solidários (18%), permitir aos funcionários trabalhar em horários flexíveis (18%), conceder a esses profissionais a opção de trabalhar remotamente caso preferissem (16%), experimentar uma semana mais curta de trabalho (11%) e criar mais vagas para trabalho em meio período (10%);
  • As principais preocupações entre as gerações no Brasil são, por ordem, o desemprego (33% da Z / 31% dos millennials), a segurança pessoal/criminalidade (24% / 27%), o custo de vida (23% / 25%), a preocupação com as mudanças climáticas e com o meio ambiente (22% / 19%), a desigualdade de renda (destaque para 24% dos millennials) e a preocupação com assédio sexual (destaque para 21% da geração Z).

P.S: a pesquisa realizada pela Deloitte foi feita com 14.808 pessoas da geração Z e de 8.412 millennials (23.220 entrevistados no total), de 46 países. No Brasil, foram ouvidas 801 pessoas, sendo 500 da geração Z e 301 millennials, entre 24 de novembro de 2021 e 4 de janeiro de 2022.

Confira mais informações nos infográficos abaixo:

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A pesquisa acima contempla todas as regiões do país e revela que os jovens são os que mais padecem com a saúde mental / Imagem: reprodução Estúdio Coral / Saúde é Vital via Abril

Ansiedade

Um dos transtornos citados na pesquisa acima, que tem afetado diretamente a geração Z é o famoso transtorno de ansiedade (56% geração Z já foi diagnosticada). No entanto, por parecer algo extremamente "comum", existe grande confusão sobre o que de fato é a ansiedade e como identificá-la.

De acordo com o site do Hospital Einstein, a ansiedade é um sentimento natural e está relacionada, por exemplo, com um prazo apertado ou uma tarefa urgente no trabalho. Já os transtornos de ansiedade acometem pessoas que, geralmente, se preocupam intensamente e não conseguem lidar com essa autocobrança, a ponto de comprometer sua qualidade de vida e seu bem-estar.

Os tipos mais comuns e suas características são:

  • transtorno de ansiedade generalizada: preocupação excessiva e análise minuciosa de cada ponto ou situação;
  • transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): pensamentos obsessivos e medos irracionais que levam a atitudes compulsivas;
  • fobia social (ou transtorno de ansiedade social): preocupação e medo com situações sociais comuns;
  • síndrome do pânico: crises intensas de medo e mal-estar generalizado
  • agorafobia: medo de situações e lugares que possam causar impotência, constrangimento ou aprisionamento.

Principais sintomas:

  • físicos: tensão muscular, taquicardia ou palpitações, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura;
  • psíquicos: sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais.

Depressão

Já a depressão, também presente no grupo citado, é uma doença psiquiátrica crônica que causa oscilações de humor caracterizadas por perda de interesse, ausência de ânimo e tristeza profunda. Que, segundo a Organização Mundial da Saúde, atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo. No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença.

Deste número, como citamos mais acima, a geração Z, formada por nascidos a partir de 1995, é a que está mais propensa a ter a doença por ser menos resiliente e não saber lidar com frustrações.

No entanto, é muito importante fazer uma diferenciação entre a tristeza e a depressão. Isso porque a o sentimento de tristeza pode surgir por algum fato do cotidiano, em que a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e que geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias.

Por sua vez, a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave.

É o que explica a psiquiatra Maria Fernanda que ainda acrescenta que é um equívoco enxergar a depressão como um oposto da felicidade.

O transtorno depressivo tem muitas causas, é um transtorno multifatorial e resumi-lo a ausência de tristeza seria simplista demais. A depressão é uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada por médicos psiquiatras, com ou sem remédios (vai depender do quadro) e na maioria das vezes acompanhada por uma equipe multiprofissional como psicólogos", afirma ela.

Principais sintomas:

  • físicos: tensão na nuca e nos ombros, mudanças no apetite e peso, imunidade baixa, dores no corpo, fadiga, problemas digestivos, taquicardia, falta de ar, insônia;
  • psíquicos: preocupação excessiva, baixa autoestima, apatia, pensamentos suicidas, desinteresse por atividades cotidianas, tristeza contínua, isolamento.

Burnout

Além da ansiedade, outra questão muito presente na vida desse grupo é o Burnout. E se a discussão sobre as doenças mentais é relativamente recente, como citamos no início da matéria, essa síndrome é ainda mais.

Para começar a entender o termo, vale citar que "Burnout" vem do inglês, e pode ser traduzido como "apagão" ou "apagar", no sentido de esgotamento e de não conseguir mais cumprir as funções que foram determinadas.

A Síndrome de Burnout não é necessariamente uma doença, mas sim, uma alteração psicológica que está relacionada com a exaustão física e mental. Por isso, ela também é conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional.

Para nos ajudar a entendê-la, nada melhor do que o próprio Dr. Burnout, o neurologista José Fernandes.

É a síndrome onde você começa a apresentar exaustão, cansaço, irritabilidade. Você chega a um extremo tão grande que começa a tratar as demandas do seu trabalho com frieza e passa a não se sentir pertencente ao seu local de trabalho. É quando você entra em combustão e gasta toda a sua energia por trabalhar demais e se dedicar demais", explica ele.

Principais sintomas:

  • físicos: dor de barriga, cansaço extremo, dor de cabeça, redução do apetite, pressão alta, fadiga, dores musculares, alterações dos batimentos cardíacos;
  • psíquicos: cansaço mental, isolamento, alterações repentinas de humor, desesperança, sentimento de incapacidade, sentimento de frustração, negatividade.

Nas redes sociais, além de explicar mais sobre o que é o Burnout em si, o neurologista também ensina como identificá-lo no dia a dia. Além disso, com exclusividade, ao Diário de S.Paulo, José Fernandes, deu dicas valiosas de como evitar chegar nesse limite psicológico.

Confira abaixo, 3 dicas de como evitar o Burnout:

O reconhecimento dos sintomas

É muito importante citar ainda que, além de ser a geração mais marcada pelas doenças citadas acima, uma das razões principais pelas quais se fala mais em depressão e ansiedade nestas gerações é o fato de que as pessoas que sofrem desses transtornos discutem a questão com mais naturalidade e reconhecem mais facilmente seus sintomas.

De fato, a saúde mental já é um assunto bastante comentado nas redes sociais, plataformas em que há maior presença de jovens. Isso pode ser considerado algo positivo porque, quando uma pessoa reconhece que não está bem, ela consegue, mais facilmente, pedir ajuda.

Na verdade, foram essas gerações que quebraram o tabu que rondava os cuidados com a saúde mental. Agora são eles que mais (e mais abertamente) falam sobre fazer terapia e incentivam a prática entre si.

Em suma, essa é a geração deprimida porque é a geração que melhor conseguiu reconhecer seu mal-estar sem vergonha, nem medo, e vem aprendendo cada vez mais a pedir ajuda quando realmente precisa.

Muito Além do Setembro Amarelo

Pandemia, solidão, ansiedade social, frustração profissional, preocupações globais, uso excessivo das redes sociais… os problemas que pesam sob os ombros da geração Z estão aí, listados, e podem ser facilmente reconhecidos por todos, todos os dias.

Por isso, falar sobre saúde mental e a presença dela no nosso dia a dia é de suma importância não só em setembro, o famoso mês do setembro amarelo, recheado de celebrações e eventos de conscientização das doenças mentais e prevenção do suicídio.

Vale citar que, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPs) e do SUS, oferece informações, serviços e atendimento multiprofissional gratuitos a pessoas com transtornos mentais ou em sofrimento psíquico, que podem ser acessados no site www.aps.saude.gov.br.

De acordo com a pasta, "quem precisa de ajuda e não sabe por onde começar pode ir direto até uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde será realizado o acolhimento e uma avaliação inicial para direcionar o tratamento e, dependendo das necessidades de atendimento, encaminhamento para os demais pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial (Raps)".

Além disso, existe ainda o telefone do CVV, Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, por meio do telefone 188. O atendimento é feito por voluntários e é de graça. Qualquer pessoa que queira e precisa conversar, com sigilo, pode ligar para o 188, que funciona 24 horas por dia.

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