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Conheça os alimentos que podem aumentar risco de pedras nos rins

No Brasil estima-se que 1 a cada 10 pessoas sofra com cálculos renais

Conheça os alimentos que podem aumentar risco de pedras nos rins - Imagem: reprodução Canva
Conheça os alimentos que podem aumentar risco de pedras nos rins - Imagem: reprodução Canva

Vitória Tedeschi Publicado em 06/08/2023, às 13h31


Um novo estudo realizado com dados de 28 mil pessoas, nos Estados Unidos, revelou que os alimentos com alta adição de açúcares podem estar associados a um maior risco de desenvolver pedras nos rins, também chamadas de cálculos renais.

De acordo com o jornal O Globo, é o caso dos cookies, refrigerantes, sucos industrializados, doces, sorvetes e outros tipos das chamas 'junk foods', ou, as também chamadas de goloseimas.

No estudo, foi descoberto que, participantes que obtiveram mais de 25% de sua energia total diárias vindas de açúcares tiveram chances 88% maiores de desenvolver o problema do que aqueles integrantes do estudo que obtiveram menos de 5% de sua energia total de açúcares adicionados na dieta.

O nosso estudo é o primeiro a relatar uma associação entre o consumo de açúcar adicionado e pedras nos rins", disse em comunicado à imprensa o principal autor, Shan Yin, pesquisador do Hospital Afiliado do North Sichuan Medical College, Nanchong, China, um dos que avaliou os dados norte-americanos.

"Isso sugere que limitar a ingestão de açúcar adicionado pode ajudar a prevenir a formação de cálculos renais", adiciona outro trecho.

Ainda segundo o mesmo jornal, a pesquisa relacionou o histórico de saúde dos pacientes (se tiveram algum quadro de pedras nos rins, doenças associadas, entre outros) com um questionário que avaliava sua ingestão de alimentos recentes, incluindo o volume de açúcares que costumavam ingerir.

Vale citar que, no Brasil estima-se que 1 a cada 10 pessoas sofra com cálculos renais. A condição de saúde é capaz de causar fortes dores e está, normalmente, relacionada aos pacientes de 20 e 30 anos.

O que são cálculos renais?

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, cálculos renais ou pedras nos rins são formações endurecidas que se formam nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina.

Quais são os principais sintomas?

Em poucos casos, os pacientes podem não apresentar sintomas ou sentir pouca dor durante a passagem da pedra pelo canal que leva a urina do rim para a bexiga (ureter). Porém, a maioria apresenta os sintomas a seguir:

  • Dor muito forte, quase insuportável, que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção à virilha. É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de dor intensa seguido de certo alívio;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sangue na urina;
  • Suspensão ou diminuição do fluxo urinário;
  • Necessidade de urinar com mais frequência,
  • Infecções urinárias.

Causas mais frequentes:

  • Predisposição genética;
  • Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais;
  • Fatores ambientais, como o clima quente, exposição ao calor ou ao ar condicionado no trabalho;
  • Sedentarismo;;
  • Obesidade;
  • Dieta rica em proteínas e em sal;
  • Baixa ingestão de líquidos;
  • Alterações anatômicas;
  • Obstrução das vias urinárias;
  • Hiperparatireodismo (transtorno hormonal relacionado ao metabolismo do cálcio);
  • Imobilização prolongada,
  • Presença de doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn.

E qual é o tratamento?

Ainda segundo o portal do Governo, o tratamento pode ser clínico, com medicamentos para o controle da dor e para auxiliar na eliminação espontânea do cálculo. Quando o cálculo não é expelido espontaneamente, podem ser necessários outros procedimentos, tais como:

  • Bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à fragmentação do cálculo, o que torna sua eliminação pela urina mais fácil (litotripsia);
  • Cirurgia para retirar o cálculo dos rins ou do ureter após sua fragmentação (cirurgia endoscópica ou ureteroscopia).

Algumas vezes, baseado em uma extensa investigação clínica e laboratorial, é necessário o uso de medicamentos que alteram a composição da urina.

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