A situação é crítica entre as populações indígenas
Gabriela Thier Publicado em 11/10/2024, às 14h59
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um comunicado expressando preocupação em relação ao expressivo número de crianças e adolescentes no Brasil que vivem sem infraestrutura adequada de saneamento básico. Com base em dados do Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo aponta que 12,2 milhões de jovens brasileiros não possuem acesso satisfatório ao sistema de esgoto, enquanto 2,1 milhões enfrentam dificuldades na obtenção de água potável.
O Unicef alerta que essa realidade pode ter impactos negativos no desenvolvimento físico e social das crianças, além de estar associada a graves problemas de saúde. As regiões do semiárido nordestino e da Amazônia são as mais atingidas, onde cerca de 70% das crianças e adolescentes afetados pertencem a grupos raciais pretos ou pardos.
Ademais, a situação é crítica entre as populações indígenas, com 25% das crianças sem acesso adequado à água e 48% vivendo sem esgotamento sanitário. Em resposta a esses dados preocupantes, o Unicef lançou uma campanha de conscientização durante o Dia das Crianças, visando sensibilizar a sociedade sobre a urgência de se resolver as questões relacionadas ao saneamento básico no país.
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