A chave para alcançar a grandeza é como se percebe o fracasso

Descrevendo o processo de tentativa e erro que eventualmente levou à criação da lâmpada incandescente, o inventor Thomas Edison disse: "Eu não falhei. Eu apenas encontrei mil maneiras que não funcionaram e, portanto, não funcionarão."

Não faltam histórias sobre pessoas altamente realizadas que superaram os fracassos iniciais.

Abraham Lincoln perdeu oito eleições, falhou nos negócios inúmeras vezes e sofreu um colapso nervoso. Os Beatles foram recusados por um contrato de gravação porque lhes disseram que seu som não era atraente. Michael Jordan chorou quando foi cortado de seu time de basquetedo ensino médio. Esses indivíduos usaram seus fracassos para se lançarem ao sucesso. Eles não ficaram paralisados; mas, sim, reorganizaram-se e avançaram.

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Não são apenas as grandes pessoas que têm a determinação de superar o fracasso. Cada um de nós pode também!

O Midrash (Torá oral) observa algo fascinante sobre a descrição da Torá do primeiro dia de criação:

O rabino Abahu disse: "... D'us continuou criando mundos e destruindo-os até que criou este e declarou: 'Este me agrada; aqueles não me agradaram.'"

O rabino Pinchas disse: "Esta é a razão do rabino Abahu: 'E D'us viu tudo o que tinha feito e eis que foi muito bom' (Gênesis 1: 31). Isso me agrada, mas eles não me agradaram.’”

Será que isso deve ser tomado literalmente? O rabino Abahu está afirmando como fato histórico a existência de mundos anteriores que foram destruídos? E se isso não ocorreu, como devemos entender a metáfora que D'us criou e destruiu mundos? D'us é infinito, onipotente e perfeito. Se a tese for verdadeira, o que significa para D'us criar e destruir até que Ele tenha um ponto de Sua satisfação? D'us não poderia imaginar e criar um mundo correto desde o início?

A ideia é:

Se D'us puder falhar e começar de novo, então nós também podemos.

O rabino Soloveitchik explica que é claro que D'us é perfeito e poderia ter criado o mundo correto desde o início. Mas Ele escolheu não fazê-lo para dar um exemplo, um modelo e um precedente para todos nós. Se D'us pudesse “precisar” começar tudo de novo, se Ele pudesse falhar e começar de novo, então nós também podemos.

De fato, o Talmud (Pesachim 54b) nos diz que sete coisas foram criadas antes que o mundo fosse concebido e uma delas é a teshuva, o arrependimento. Antes que o homem existisse com a capacidade de cometer erros, o processo de reparo, redefinição e retorno já estava preparado para nós. Se anteciparmos a perfeição completa em nossas vidas, nossas expectativas serão inevitavelmente quebradas. O perfeccionismo é prejudicial.

Embora não nos esforcemos pelo fracasso, nós o abraçamos e aprendemos com ele. Winston Churchill disse isso de forma mais sucinta: “O sucesso é ir do fracasso ao fracasso sem perda de entusiasmo.”

Na mentalidade fixa, tudo é sobre o resultado. Se você falhar ou se você não for o melhor, está tudo desperdiçado. A mentalidade de crescimento permite que as pessoas valorizem o que estão fazendo, independentemente do resultado” Ela nos lembra poderosamente que: tornar-se é melhor do que ser.

O rabino Soloveitchik compartilhou sua visão em 1957 enquanto refletia sobre o mundo após o Holocausto. Como D'us na criação, muitos mundos foram destruídos, mas o rabino Soloveitchik encorajou que devemos sempre imitar D'us, nos reagrupar e criar novamente.

Há pessoas hoje que viram aspectos de seu mundo destruídos em diferentes momentos de suas vidas. Para alguns, segurança financeira, poupança, investimentos se foram. Para os outros, o tempo, a energia e o esforço que entraram nos relacionamentos parecem desperdiçados. Não podemos e não devemos nos desesperar ou ficar desanimados. Não podemos olhar para um "mundo destruído" e vê-lo como o último passo no processo. Em vez disso, temos de visualizar sendo o próximo passo para criar outro mundo.

Devemos seguir os passos do Divino e, com falhas e tudo, nos aprimorarmos e seguirmos em frente!

Rav Sany