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Temer critica Lula em entrevista: “Atitudes não são de harmonia”

O ex-presidente, estrategicamente, lembrou impeachment de Dilma: “Quem não dialogou adequadamente com o Legislativo caiu”

Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. - Imagem: Divulgação / Sindicato dos Metalúrgicos
Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. - Imagem: Divulgação / Sindicato dos Metalúrgicos

Marina Roveda Publicado em 04/04/2023, às 10h24


Na noite de segunda-feira (03), o ex-presidente Michel Temer participou do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan News, e conversou com a bancada sobre a atual situação política brasileira. Temer, que foi vice-presidente de Dilma Rousseff de 2010 a 2016 e presidente entre 2016 e 2018 após assumir o cargo por impeachment, foi responsável por importantes reformas, como a do Ensino Médio e a trabalhista, além de instituir o teto de gastos. Durante a entrevista, ele comentou sobre os esforços do atual presidente, Luis Inácio Lula da Silva, em reverter essas reformas.

Temer destacou que é lamentável que as reformas estejam sendo questionadas, mas ficou feliz em ouvir que o ministro da Educação, Camilo Santana, já disse que é quase impossível modificar a reforma do Ensino Médio. Em relação ao teto de gastos, o ex-presidente acredita que o governo petista está fazendo uma adaptação, mas ainda não tem certeza se é o melhor caminho. Ele enfatizou que mudanças radicais não são fáceis de serem realizadas.

Quando questionado sobre como vê o início do mandato de Lula, Temerse mostrou surpreso com a postura do presidente, pois esperava que ele pacificasse o país. Ele lamentou que, até o momento, as palavras do presidente não estejam focadas na harmonia, mas sim na desarmonia.

Durante a conversa, Temer mencionou como lidou tranquilamente com a campanha "Fora Temer" que o acompanhou durante sua gestão. Ele destacou que sua atuação em reformas o colocou como alvo, mas sua boa relação com o Congresso impediu que qualquer pedido de impeachmentfosse aceito. Ele lembrou que o diálogo adequado com o Legislativo é crucial para qualquer presidente e destacou os casos de Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff, que não terminaram seus mandatos.

Por fim, Temer falou sobre as perspectivas para as eleições de 2026 e mencionou nomes como Simone Tebet, Romeu Zema e Tarcísio de Freitas.

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