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Relatório da PF contra Bolsonaro: leia o documento completo

Ex-presidente e amigos foram indiciados pela PF por adulteração no cartão de vacinação da Covid-19

Relatório da PF contra Bolsonaro: leia o documento completo - Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Relatório da PF contra Bolsonaro: leia o documento completo - Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Gabrielly Bento Publicado em 19/03/2024, às 17h25


Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, coronel Mauro Cid, juntamente com outras 15 pessoas, por falsificação da carteira de vacinação contra a covid-19.

O relatório detalhado da PF, com mais de 200 páginas, expõe meticulosamente como as falsificações foram arquitetadas e executadas. Você pode acessar o documento na íntegra clicando aqui.

De acordo com o UOL, no centro desta investigação estão cinco indivíduos, além do próprio ex-presidente Bolsonaro: os ex-assessores Max Guilherme Machado e Sérgio Rocha Cordeiro, o ex-secretário de governo de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Souza Brecha e o ex-major do Exército Ailton Barros.

O grupo não apenas adulterou os dados de vacinação do ex-presidente Bolsonaro, mas também os de sua filha, Laura Bolsonaro, e dos ex-assessores Machado e Cordeiro.

Essa ação fraudulenta foi feita para permitir que todos esses indivíduos viajassem aos Estados Unidos em dezembro de 2022, nos últimos dias do governo. Para isso, o ex-secretário de Duque de Caxias inseriu informações falsas no sistema do Ministério da Saúde, alegando que Bolsonaro havia recebido duas doses da vacina. Segundo a investigação da PF, esse contato foi intermediado por Barros, que mantinha proximidade com o ex-presidente.

Ainda segundo o UOL, o indiciamento não apenas aponta para a falsificação dos documentos, mas também sugere que Bolsonaro tinha conhecimento e teria instruído Mauro Cid para isso.

"Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha", afirma a PF.

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