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Programa Social

Prefeitura de SP investe em microcasas para abrigar famílias sem-teto e atenuar miséria

A gestão também vai dar auxílio que varia de R$ 600 a R$ 1,2 mil aos grupos comtemplados

Grupos de moradores de rua na região central de São Paulo - Imagem: reprodução/Prefeitura de SP
Grupos de moradores de rua na região central de São Paulo - Imagem: reprodução/Prefeitura de SP

Mateus Omena Publicado em 20/01/2023, às 19h12


A Prefeitura de São Paulo passou a investir em casas modulares, de 18m², como alternativa de moradia para os sem-teto. A iniciativa da gestão corresponde ao enfrentamento do aumento da população de rua na cidade.

O executivo planeja entregar 2 mil unidades até o fim deste ano. A primeira vila de microcasas foi inaugurada em dezembro no bairro do Canindé, na zona norte. Outro estímulo da Prefeitura ao projeto será um auxílio, entre R$ 600 e R$ 1,2 mil, para quem hospedar pessoas que encontram-se em situação de vulnerabilidade.

A medida faz parte do programa “Reencontro”, focado em dar assistência à população de rua no município. Segundo o jornal Estado de S.Paulo, o decreto deve ser publicado nos próximos dias.

As casas modulares se distinguem dos abrigos, pois visa dar um lar temporário, que sirva de alicerce para o funcionamento de outros programas sociais, como educação, saúde e emprego.

As microcasas contam com banheiros, pias e são mobiliadas com camas, geladeiras, fogões e guarda-roupas. Elas são baseadas em estruturas metálicas, que se assemelham contêineres,

As moradias são direcionadas a famílias com crianças, de até quatro pessoas e que estejam em situação de rua há menos de dois anos.

Por outro lado, os moradores precisam respeitar algumas regras, definidas pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI), gestora do serviço. Além disso, todos devem chegar em casa antes das 22h, exceto em emergências médicas ou questões profissionais, e mostrar carteirinha de identificação na portaria.

As primeiras casas são as da Vila Reencontro, no Canindé, que foi erguida no antigo clube da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), perto do Shopping D, ao custo de R$ 2,796 milhões. São 40 unidades para 160 pessoas – todas estão ocupadas.

De acordo com o censo da Prefeitura de SP, o total de sem-teto saltou 31% entre 2019 e 2021. Cerca de 31 mil pessoas não têm onde morar e a situação piorou por causa da crise socioeconômica e a pandemia de Covid-19.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) já chegou a anunciar que seu mandato teria a área social como uma de suas prioridades. No entanto, o número de moradores de rua em São Paulo cresceu expressivamente e pode ser evidenciado pela quantidade de famílias habitando barracas em zonas públicas ou embaixo de viadutos.

Diante da situação, especialistas apontam que o problema do poder público está na falta de políticas integradas, em larga escala e de longo prazo para dar assistência aos grupos vulneráveis.

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