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Golpe!

PF prende 4 suspeitos em nova operação contra atos golpistas nos Três Poderes

A Operação Lesa Pátria foi deflagrada nesta manhã (20)

Sede da Polícia Federal em Brasília (DF) - Imagem: divulgação/Governo Federal
Sede da Polícia Federal em Brasília (DF) - Imagem: divulgação/Governo Federal

Mateus Omena Publicado em 20/01/2023, às 12h41


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) a primeira fase da “Operação Lesa Pátria”, que tem o objetivo de identificar participantes e financiadores dos atos golpistas nos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro, em Brasília.

A corporação informou que estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Além dessa mobilização dos agentes na capital federal, uma segunda operação foi deflagrada na manhã de hoje (20) no Pará.

De acordo com o portal UOL, foram presos Ramiro dos Caminhoneiros (São Paulo); Randolfo Antonio Dias (Minas Gerais); Renan Silva Sena (DF); Soraia Bacciotti (Mato Grosso do Sul).

Os investigadores informaram que Ramiro dos Caminhoneiro, de 49 anos, é apontado como um dos principais organizadores de caravanas aos atos golpistas. As viagens gratuitas para Brasília eram oferecidas em grupos de bolsonaristas que planejavam ataques desde o fim das eleições de 2022.

Ramiro chegou a concorrer duas vezes a uma vaga na Câmara dos Deputados: em 2018, pelo PSL, e em 2022, pelo PL, que também foram os partidos de Jair Bolsonaro nos pleitos.

Já Renan da Silva Sena foi funcionário terceirizado do MDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos). Em maio de 2021, ele protagonizou um episódio escandaloso, no qual agrediu verbalmente e cuspiu em enfermeiras que faziam uma manifestação em Brasília para homenagear colegas de profissão mortos em decorrência da pandemia da covid-19.

Na época, o ministério, comandada pela então ministra Damares Alves, afirmou que pediu à empresa terceirizada a demissão de Sena.

Os suspeitos de envolvimentos nos atos terroristas podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Polícia Federal também disponibilizou um email para receber denúncias sobre pessoas envolvidas nos atos golpistas. "Caso tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, solicitamos que as encaminhe para o e-mail [email protected]".

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