Átila Reginaldo Franco de Melo foi preso nesta quinta (29), como parte da Operação Nero
Mateus Omena Publicado em 29/12/2022, às 13h56
Depois da prisão de Átila Reginaldo Franco de Melo, pela Operação Nero, nesta quinta-feira (29), a esposa dele, Carina Gomes do Amaral, publicou um vídeo nas redes sociais implorando pela intervenção do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nas imagens, a mulher aparece chorando e afirma que Átila foi preso por lutar pela “causa” e culpa Bolsonaro por se manter ausente nesse momento.
O homem foi preso em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, em uma operação da Polícia Federal que consiste na prisão dos envolvidos na tentativa de invasão ao edifício-sede da corporação em 12 de dezembro, em Brasília. Os extremistas que participaram da ação também ameaçaram agentes, depredaram uma delegacia de polícia e promoveram vários incêndios criminosos contra veículos e ônibus.
O objetivo deles era espalhar pânico e impedir a posse do presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As prisões dos suspeitos foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
No vídeo, a esposa de Átila Reginaldo Franco de Melo, Carina Gomes do Amaral, diz: "Eu quero que vocês saibam que o meu marido está sendo levado pela Polícia Federal, em São Gonçalo. Não sei qual é o motivo, mas o Xandão veio atrás da gente. Por favor, preciso de ajuda”.
Em seguida, ela chora e implora pela ajuda de Jair Bolsonaro. “Cadê você, Bolsonaro? O seu povo está perecendo, o seu povo está sendo perseguido. O seu povo está sendo preso por causa do Brasil. Cadê você, Bolsonaro? Cadê a sua caneta? Agora é a hora de você usar sua caneta”.
Embora tenha residência no Rio de Janeiro, Átila costuma viajar com frequência para Brasília para participar de atos em apoio ao presidente Bolsonaro. Ao longo dos ataques realizados no centro da capital federal em 12 de dezembro, o suspeito já foi flagrado participando dos atos de vandalismo.
Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia Federal (PF) estão cumprindo 32 mandados de busca e apreensão e de prisão, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do (STF). Além do DF, a Operação Nero é deflagrada simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com as autoridades, os suspeitos podem responder pelos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
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