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Polêmica

Novos gastos de Bolsonaro com o cartão corporativo são revelados e itens surpreendem

Entre 2019 e 2022, o ex-presidente gastou R$ 27,6 milhões com o recurso

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 23/01/2023, às 10h51


Nesta segunda-feira (23), foram revelados outros gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o cartão corporativo, durante o seu mandato. O recurso foi usado para a compra de carnes como picanha, caviar, filé mignon e camarão. Os gastos também incluem novamente leite condensado e nutella.

As notas fiscais foram publicadas pela agência de dados "Fiquem Sabendo", com base na LAI (Lei de Acesso à Informação), informou o portal UOL. Até o momento, foram escaneadas cerca de 2,6 mil páginas, 20% do total.

A agência informou que a compra de picanha aparece em pelo menos 14 notas fiscais. Um dos gastos mais expressivos ocorreu em 30 de março de 2019, quando foram desembolsados R$ 743,26 para a compra de picanha com o cartão corporativo.

Os documentos também apontam que, na maioria das vezes, era comprado mais de uma peça de carne por vez. Em 20 de fevereiro de 2019, o então presidente também comprou de duas peças de filé mignon no valor de R$ 743,90.

O cartão corporativo também foi usado por Bolsonaro para compras de remédios, como o Rivotril, usado para o tratamento de depressão e ansiedade, e o antidepressivo Lexapro.

O recurso também serviu para a compra de antibióticos e remédios para o tratamento de úlceras gastrointestinais.

Os documentos sobre os gastos do cartão corporativo de Bolsonaro se tornaram públicos há duas semanas, no entanto as notas fiscais, com o descritivo do que foi comprado, não estava disponível.

A agência “Fiquem Sabendo” apontou que, entre 2019 e 2022, o ex-presidente gastou R$ 27,6 milhões com o cartão corporativo reservado ao chefe do executivo. A maior parte do dinheiro foi direcionada para hospedagens em hotéis de luxo.

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