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Mais da metade dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível, diz Datafolha

Atualmente, o ex-presidente é alvo de 16 ações na Justiça

Mais da metade dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível, diz Datafolha - Imagem: Agência Brasil
Mais da metade dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível, diz Datafolha - Imagem: Agência Brasil

Nathalia Jesus Publicado em 04/04/2023, às 09h10


Aproximadamente 51% dos eleitores brasileiros querem que Jair Bolsonaro (PL) seja condenado por sua campanha contra as urnas eletrônicas e se torne inelegível por oito anos, como é previsto na lei. Outros 45% acreditam na inocência do ex-presidente.

Para mais da metade dos eleitores entrevistados pelo Datafolha entre os dias 29 e 30 de março, no caso de Bolsonaro, a perda dos direitos políticos seria a punição mais correta por incitar discursos contra a democracia.

Já 45% dos eleitores ouvidos na pesquisa defendem que Bolsonaro é inocente das acusações e deve ser poupado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disputar as próximas eleições.

Não souberam responder a pergunta do Datafolha 4% dos 2.028 entrevistados para a pesquisa. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre especialistas do meio jurídico e político, há a expectativa de que Bolsonaro seja condenado em pelo menos 1 das 16 ações que correm contra ele na Justiça. No caso, a mais provável seria a proposta levantada pelo PDT, que coloca no centro da discussão uma reunião do ex-mandatário com embaixadores estrangeiros em julho do ano passado.

Na ocasião, ele também utilizou notícias e provas falsas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e a fragilidade do mecanismo eleitoral brasileiro, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Após 89 dias do exílio voluntário nos Estados Unidos, Bolsonaro retornou ao Brasil e acredita que não há razões tangíveis para que ele se torne inelegível.

Dentro da avaliação sobre qual seria o futuro ideal para o ex-presidente, os entrevistados seguem o padrão do eleitorado. A defesa da punição tem mais incidência entre mulheres e os mais pobres, enquanto homens pró e contra a condenação empatam e os mais ricos, defendem a liberação do ex-presidente.

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