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Maduro pode ser preso no Brasil?

Deputado federal envia ofício à Embaixada dos EUA e cobra prisão de Nicolás Maduro no Brasil; recompensa é de U$ 15 milhões

Nicolás Maduro. - Imagem: Reprodução | Leo Ramírez - Twitter
Nicolás Maduro. - Imagem: Reprodução | Leo Ramírez - Twitter

Marina Roveda Publicado em 30/05/2023, às 08h31


O deputado federal Zé Trovão, do Partido Liberal (PL-SC), tomou a iniciativa de enviar um ofício à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil nesta segunda-feira, com o objetivo de "informar" sobre a presença do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Brasília e solicitar informações sobre as possíveis medidas para a prisão dele. Maduro desembarcou na capital federal no último domingo para uma reunião privada com o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, antes da cúpula de líderes da América do Sul.

No ofício, Zé Trovão solicita esclarecimentos sobre "quais medidas podem ser adotadas pelo governo americano para a captura deste criminoso", fazendo referência a Maduro.

"Estou aguardando a resposta da embaixada americana em relação a esse escárnio que é a presença desse ditador sendo recebido com honras pela 'alma mais honesta do mundo' em solo brasileiro. É uma verdadeira afronta!", escreveu o deputado em suas redes sociais.

A última vez que Maduro esteve no Brasil foi em 2015, quando participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff. A entrada do venezuelano no país estava proibida desde agosto de 2019, quando uma portaria editada pelo então presidente Jair Bolsonaro impedia a visita do líder e de outras autoridades do país vizinho.

Acusação nos Estados Unidos

No documento enviado à Embaixada, Zé Trovão menciona que Maduro consta no site da Drug Enforcement Administration (DEA), a autoridade americana de combate às drogas, como "procurado por autoridades norte-americanas", após acusação do então secretário de Justiça dos Estados Unidos, Willian Barr, pelos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção.

Isso ocorreu em 2020, quando Barr apresentou uma acusação criminal contra Maduro por tráfico internacional de drogas e anunciou uma recompensa de US$ 15 milhões para quem colaborasse com sua eventual captura, considerando-o pelo governo Donald Trump como o "líder do cartel".

O ofício foi direcionado à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e possui como assunto "Visita de Nicolás Maduro ao Brasil".

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