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Representatividade

Lula é recebido com protestos em outdoors na Índia

Outdoors em Nova Délhi pedem a Lula nomeação diversa e progressista

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert / Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert / Presidência da República

Marina Roveda Publicado em 09/09/2023, às 14h04


A campanha para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indique uma mulher negra para o STF (Supremo Tribunal Federal) ganhou destaque durante a reunião da cúpula do G20, realizada em Nova Délhi, capital da Índia. Movimentos sociais e entidades brasileiras instalaram outdoors em locais estratégicos da cidade, defendendo a indicação de uma mulher negra com um perfil progressista para a vaga que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Um dos outdoors ressaltava que em 132 anos de história, o Supremo Tribunal Federal nunca teve uma ministra negra. Outro apelava diretamente a Lula, declarando: "Lula, contamos com você para indicar uma ministra negra para o STF". Uma terceira mensagem enfatizava que os votos da população negra foram fundamentais para a eleição de Lula no ano passado.

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Imagem: Reprodução / Jovem Pan News

Essa iniciativa visa pressionar o presidente Lula a fazer uma indicação inédita para o STF, uma vez que a corte nunca teve uma mulher negra em sua composição. A aposentadoria de Rosa Weber, prevista para outubro, oferece uma oportunidade única para essa nomeação. Até o momento, alguns dos nomes cotados para a vaga incluem o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Vale ressaltar que o indicado precisa ser aprovado em uma sabatina no Senado Federal.

A pressão por uma indicação de uma mulher negra não apenas enfatiza a representatividade, mas também busca trazer uma perspectiva progressista para o Supremo Tribunal Federal. Alguns apoiadores petistas têm expressado descontentamento com os posicionamentos do último indicado por Lula, Cristiano Zanin, que votou de maneira considerada conservadora em julgamentos recentes, como a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e a tipificação da homotransfobia. Essa pressão por uma nomeação diversa e progressista se alinha com as aspirações de setores do partido do presidente Lula.

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