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Lula é convidado para visita à Ucrânia e terceiriza viagem

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência afirma que Lula recebeu carta solicitando intervenção na guerra

Celso Amorim. - Imagem: Reprodução | AGÊNCIA BRASIL
Celso Amorim. - Imagem: Reprodução | AGÊNCIA BRASIL

Marina Roveda Publicado em 22/04/2023, às 19h52


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um convite para ir à Ucrânia e afirmou que enviará o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim. A informação foi divulgada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. Segundo o ministro, o convite foi entregue por ucranianos em uma reunião na Embaixada do Brasil em Portugal. Na carta, eles pediam que Lula interviesse no conflito.

Macêdo afirmou que o presidente brasileiro está comprometido com a busca pela paz e que Lula trabalhará para unir outros países em busca de uma alternativa para acabar com o conflito. Ainda não há data prevista para a viagem de Celso Amorim à Ucrânia.

A decisão de enviar o assessor especial ocorreu seis dias após Lula ter afirmado, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, que os EUAe a Europa contribuem para o prolongamento da guerra na Ucrânia e defendido a criação de uma espécie de G20 para restabelecer a paz. A Casa Branca criticou a fala do presidente brasileiro e afirmou que o Brasil está "papagueando" o discurso adotado pela Rússia para negar que tem culpa pelo conflito.

Sobre a acusação de que o Brasil teria deixado a posição de neutralidade, Macêdo afirmou que se trata de uma "interpretação". Ele destacou que o Brasil assina a resolução da ONU que condena a invasão de um país por outro e que tomar partido impediria o país de encontrar parceiros e caminhos para a paz.

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