O coordenador da Lava Jato no Rio, procurador Eduardo El Hage, diz que há riscos de que as recentes mudanças de interpretação do Supremo Tribunal Federal
Redação Publicado em 18/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 13h14
O coordenador da Lava Jato no Rio, procurador Eduardo El Hage, diz que há riscos de que as recentes mudanças de interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) beneficiem o ex-governador Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo , El Hage diz ainda que a ida do ex-juiz federal Sergio Moro para o ministério da Justiça do governo Bolsonaro prejudicou a imagem da Lava Jato.
“Para a imagem da operação, diria que sim. Foi uma escolha legítima, lícita. Ele [Moro] é totalmente livre para fazer essa escolha, mas acabou associando a imagem da operação com o governo Bolsonaro, que não tem nada a ver. Principalmente aqui no Rio, porque Moro nem sequer era juiz aqui”, diz El Hage à Folha .
El Hage cita a lei do abuso de autoridade, aprovada no Congresso, e as decisões do STF sobre a ordem de apresentação das alegações finais quando há delatores e delatados no processo, de suspensão das investigações que tinham por base relatórios do antigo Coaf, o envio de crimes de corrupção para a Justiça eleitoral e a decisão que impediu o cumprimento da pena em segunda instância como movimentos que levaram ao enfraquecimento da Lava-Jato.
O procurador diz ainda ser contrário a uma colaboração premiada do ex-governador do Rio: “Ele teria muito pouco a acrescentar nesse momento. Não seria uma resposta que o Ministério Público Federal gostaria de dar à sociedade”.
O ex-governador do Rio está preso desde novembro de 2016 e já foi denunciado 30 vezes pelo Ministério Público Federal (MPF). Nas acusações contra o político, o MPF relata a aquisição de bens pelo emedebista mediante diversos atos de lavagem de dinheiro feita com a aquisição de joias, embarcação, custeio de aluguéis e funcionários, blindagem de veículos, fretamento de helicópteros e viagens internacionais.
Cabral não pode ser beneficiado pela mudança de entendimento de prisão após segunda instância. O ex-governador cumpre prisão preventiva (sem prazo para terminar). As prisões preventivas e temporárias não são afetadas com a decisão do STF.
Por: Agência O globo
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