Governo localiza bens que estavam desaparecidos do patrimônio do Palácio da Alvorada

A Presidência da Repúblicalocalizou os 261 bens que estavam desaparecidos do patrimônio do Palácio da Alvorada. Esses itens haviam sido motivo de disputas entre os casais presidenciais Lula da Silva e Bolsonaro.

A controvérsia teve início durante a transição de governo no ano passado, quando Lula (PT) e a primeira-dama Janja expressaram preocupações sobre as condições da residência oficial. Eles observaram que alguns móveis do patrimônio estavam ausentes após a mudança de Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa Michelle Bolsonaro do local.

O novo governo alegou que a falta dos móveis foi um dos motivos para gastar R$196,7 mil em móveis de luxo, como revelado pela Folha. Ainda conforme o portal Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (20), Bolsonaro, fez uma publicação X, antigo Twitter, afimando que todos os móveis estavam no Alvorada e que Lula incorreu em falsa comunicação de furto.

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Também vale ressaltar que a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) comentou que a busca pelos móveis destacou a falta de cuidado com a manutenção do patrimônio, sem mencionar diretamente a família Bolsonaro.

Os trabalhos foram finalizados somente em setembro do ano passado, quando todos os bens foram encontrados em dependências diversas da residência oficial. Ou seja, houve um descaso com onde estavam esses móveis sendo necessário um esforço para localizá-los todos novamente", afirmou a empresa em nota.

A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República descobriu inicialmente, em 2022, que 261 bens mencionados não foram encontrados durante o levantamento do patrimônio do Palácio da Alvorada. Entretanto no início do governo Lula, em 2023, a Presidência da República informou que uma nova verificação foi feita e o número de bens desaparecidos foi reduzido para 83.

Em abril do ano passado, a ausência dos móveis foi apontada como uma razão para a compra de móveis de luxo para o Palácio da Alvorada, sem licitação. O governo comprou uma cama, dois sofás e duas poltronas de uma loja de design e decoração em Brasília. Além disso, adquiriu um colchão king size em outra loja.

Os gastos mais significativos foram com um sofá com mecanismo elétrico, que custou R$65,1 mil, e uma cama no valor de R$42,3 mil. Além disso, o relatório final da comissão só foi concluído em setembro do ano passado, quando todos os itens foram encontrados.