Diário de São Paulo
Siga-nos
Investigação

Ex-chefe da PM preso após tentativa de golpe recebeu Pix de empresa e subordinados, diz jornal

O militar foi detido pela Polícia Federal por seu envolvimento nos ataques de 8 de janeiro

Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto - Imagem: reprodução/YouTube
Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto - Imagem: reprodução/YouTube

Mateus Omena Publicado em 27/04/2023, às 14h55


O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe de operações da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, recebeu transferências via Pix de subordinados e de uma empresa de segurança privada.

Esse novo aspecto do envolvimento do militar na tentativa de golpe de 8 de janeiro foi divulgada pelo portal Metrópoles e, posteriormente, confirmada pelo portal UOL.

Segundo a publicação, as movimentações financeiras foram encontradas na quebra de sigilo bancário do coronel Barreto. A solicitação para checar as contas do coronel foi feita pela CPI dos atos golpistas da Assembleia Legislativa do DF.

De acordo com as investigações, Barreto recebeu dinheiro de quatro agentes da PM. O deputado Chico Vigilante, presidente da CPI, afirmou que uma empresa de segurança privada de Barro Alto, em Goiás, também faz transferências para a conta do militar.

As transferências foram feitas desde pouco antes das eleições de 2022 até janeiro deste ano.

O presidente da CPI apontou que essas movimentações não estão sendo investigadas pela comissão. Ele informou também que os dados foram enviados para a Polícia Civil do DF e à corregedoria da PM para apuração e não podem ser divulgados.

Prisão

O coronel Barreto foi preso pela Polícia Federal durante as investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro que destruíram a Praça dos Três Poderes.

No dia dos ataques, o militar estava de folga. Ele era o chefe do setor responsável por elaborar o plano de segurança do DF.

Além disso, o ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli, atual chefe do GSI, o coronel tomou propositalmente a decisão de retardar a linha de contenção da PM.

Capelli disse ter visto com os "próprios olhos" os comandados por Barreto avançando "lentamente" contra os golpistas.

Compartilhe  

últimas notícias