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CPMI 8 de janeiro

Em depoimento à CPMI, hacker afirma que apenas atendeu o pedido de militares

Walter Delgatti afirmou que foi encaminhado à Defesa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir um relatório elaborado com o objetivo de lançar dúvidas sobre as urnas eletrônicas

Walter Delgatti - Imagem: Reprodução | MARCOS OLIVEIRA / AGÊNCIA SENADO
Walter Delgatti - Imagem: Reprodução | MARCOS OLIVEIRA / AGÊNCIA SENADO

Marina Roveda Publicado em 26/08/2023, às 16h25


O hacker Walter Delgatti, conhecido por ter sido um dos responsáveis por vazar mensagens da Operação Lava Jato, afirmou que entrou no Ministério da Defesa usando uma máscara a pedido de militares, visando não ser reconhecido. Essa revelação foi feita por seu advogado, Ariovaldo Moreira.

Delgatti compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas e relatou que manteve conversas no Ministério da Defesa em 2022. Ele alegou que foi encaminhado ao Ministério da Defesa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e que as discussões lá envolveram um relatório elaborado pelo ministério que tinha o objetivo de levantar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições.

À Polícia Federal, Delgatti afirmou que visitou o Ministério da Defesa em cinco ocasiões e que entrava no edifício por uma porta dos fundos.

Nesta quinta-feira (24), a CPMIdos Atos Golpistas aprovou um requerimento para a obtenção das imagens das câmeras de segurança do Palácio da Alvorada e do Ministério da Defesa para investigar as alegações de Delgatti. No entanto, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, foi informado de que essas imagens não existem.

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