Diário de São Paulo
Siga-nos
Eleições 2022

Candidata a deputada estadual recebe único voto, o próprio

Thamires contou sobre a frustração após dedicação em campanha eleitoral

Thamires Oliveira não recebeu voto nem mesmo da família - Imagem: reprodução / divulgação G1
Thamires Oliveira não recebeu voto nem mesmo da família - Imagem: reprodução / divulgação G1

Bianca Souza Publicado em 04/10/2022, às 10h57


Thamires de Oliveira (Agir), de 33 anos, disputava uma vaga para deputada estadual em São Paulo, e foi a única candidata do estado a receber apenas um voto, e foi o dela mesma.

A vendedora contou, em entrevista ao G1, que chegou a contratar pessoas para trabalhar na campanha.

"Fiz campanha, fiz reunião, fiz tudo. Mas, infelizmente, o voto não entrou. Somente o meu. A campanha estava na rua. Contratei pessoas para trabalhar. É frustrante, na verdade, porque antes da campanha a gente já fica com muita ansiedade. Você não consegue dormir. É uma pressão muito estressante", revelou.

Thamires recebeu R$ 5 mil em 17 de setembro, do Fundo Eleitoral da direção estadual do Agir, para realizar a campanha. A moradora da Zona Leste da capital também recebeu um pacote com milhares de santinhos com o presidente do partido, Carlos Roberto, candidato a deputado federal.

"Recebi R$ 5 mil uma semana antes da votação. O partido em si não deu nenhuma assistência. Tenho até alguns amigos que se candidataram também. Não tinha muito o que fazer e voluntariamente ninguém quer trabalhar", afirmou a candidata.

Thamires contratou mais duas pessoas para apoiar na campanha eleitoral e realizar um trabalho diário de porta em porta, na região em que mora.

"Não  tive nada de voto. É vergonhoso. Imaginei da seguinte forma: ‘Creio mesmo se eu ganhasse uma suplência, seria muito mais fácil para ajudar a comunidade, tanto minha mãe, que é assistente social, como a comunidade’. Foi uma campanha ‘presa’. Meus familiares estavam com outras pessoa", relatou.

Ainda segundo a candidata a deputada estadual, um amigo teria a convidado para conhecer o partido e então ela decidiu se filiar.

"Foi uma coisa que eu optei e ninguém sabia. Me convenceram, ficou no esquecimento alguns meses e perto da campanha entraram em contato. Não escolhi me candidatar. Apareceu, eu entrei e ficou esquecido. Mais ou menos dois meses antes da campanha, a secretária entrou em contato comigo. Eu já estava dentro e não tinha como desistir mais. Eu falei: ‘Vou dar continuidade, vamos ver no que vai dar’", disse ela.

Compartilhe  

últimas notícias