Diário de São Paulo
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EGITO

Brasil busca uma nova solução para a guerra entre grupos terroristas e Israel

Encontro no Cairo, que visa discutir escalada de conflitos na região do Oriente Médio, está previsto para o próximo sábado (21)

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert

Marina Roveda Publicado em 19/10/2023, às 08h42


O Brasil aceitou o convite do Egito para participar de uma cúpula internacional que visa discutir o conflito em andamento entre Israel e o grupo islâmico radical Hamas. O evento está programado para acontecer no próximo sábado, 21 de outubro, na capital egípcia, Cairo.

Fontes diplomáticas destacam a importância desse encontro, descrevendo-o como um "esforço relevante" liderado pelo governo egípcio. No entanto, essas fontes também expressam ceticismo quanto à possibilidade de uma solução imediata para a complexa situação.

O momento da convocação da cúpula é crucial, uma vez que ocorre em meio a uma escalada de conflitos na região. A intenção é evitar que os confrontos se alastrem e causem uma crise maior no Oriente Médio. Além do Brasil e Egito, também é esperada a participação de outros países, como Iraque, Turquia e Catar.

Um dos principais motivos para essa reunião é a crescente pressão sobre o Egito para que permita a abertura da passagem de Rafah, que possibilitaria a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza por seu território, bem como a criação de corredores humanitários.

Autoridades egípcias enfrentam a preocupação de que a abertura da passagem possa levar à perda de controle na fronteira, abrindo espaço para a entrada de terroristas e aumentando o número de refugiados no país.

O convite para a cúpula foi estendido diretamente ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, embora, devido a sua recuperação de uma cirurgia, o presidente deva enviar um representante em seu lugar. A comitiva que representará o Brasil na cúpula ainda não foi oficialmente definida, e o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que não poderá comparecer pessoalmente.

O Egito é considerado um ator regional de grande importância, com a capacidade de dialogar com diferentes nações, incluindo países árabes, Israel e outros estados da região, bem como com os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

De acordo com membros do governo brasileiro, a participação do Brasil nesse encontro no Cairo reforça o status do país como um ator relevante no cenário internacional. Além disso, reitera a tradição diplomática brasileira de equilíbrio e atuação ativa, capaz de dialogar com todas as partes envolvidas em conflitos complexos.

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