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REFORMA TRIBUTÁRIA

Bolsonaro critica reforma tributária e acusa senadores de traição

Em uma de suas falas, o ex-presidente disse que "De nada vale vestir o verde/amarelo por ocasião das eleições e o vermelho durante o mandato"

Jair Bolsonaro. - Imagem: Divulgação / Marcos Correa / Presidência
Jair Bolsonaro. - Imagem: Divulgação / Marcos Correa / Presidência

Marina Roveda Publicado em 09/11/2023, às 08h36


O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou veementes críticas à reforma tributária que será votada no Senado nesta quarta-feira (8/11). Em uma série de declarações, Bolsonaro acusou o projeto de ser proposto por aqueles que se orgulham de serem chamados de comunistas.

A reforma propõe a extinção de cinco tributos - ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins - e a criação de um sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) duplo, composto por três tributos: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, federal), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, válido para estados e municípios) e o Imposto Seletivo (IS), este último incidindo sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Bolsonaro alega que o IVA proposto será o mais caro do mundo e prejudicará a maioria dos estados brasileiros. Ele critica ainda senadores que, segundo ele, vestiram as cores verde/amarelo durante as eleições, mas agora apoiam o projeto junto aos comunistas. "Alguns senadores, que se elegeram ou reelegeram, dizem que tiveram algumas de suas emendas acolhidas e votarão com os comunistas, pois alegam que seu estado não será afetado ou será menos prejudicado", afirmou.

O ex-presidente também associou o Partido dos Trabalhadores (PT) à reforma, argumentando que, como o partido apoia a proposta, ela não pode ser boa. "O PT está ao lado da liberação das drogas, do aborto, do novo marco temporal, do fim da propriedade privada, da censura, não considera o Hamas terrorista, está ao lado de ditadores, contra o agronegócio, contra o legítimo direito à defesa, a favor da ideologia de gênero, ou seja, ao lado de tudo aquilo que repudiamos", disse.

Bolsonaro concluiu suas críticas alertando para o futuro do Brasil, fazendo comparações com a Venezuela e a Argentina, e conclamou: "De nada vale vestir o verde/amarelo por ocasião das eleições e o vermelho durante o mandato, o nosso futuro será o da Venezuela, Argentina. Deus salve o nosso Brasil".

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