Testemunhas que presenciaram a cena contaram que a vítima deixou o banheiro aos prantos
Vitória Tedeschi Publicado em 02/09/2022, às 15h21
Na noite da última quinta-feira (1) uma frase racista foi escrita em um banheiro feminino da Universidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, ao lado, um absorvente usado foi colado. As ofensas teriam sido direcionadas a uma funcionária de limpeza.
Segundo testemunhas que presenciaram a cena, a vítima deixou o banheiro aos prantos, gritando em desespero.
Macaca, limpa bem limpo", foi a mensagem racista escrita no local.
Segundo apuração do DIA, o banheiro em questão fica no bloco 4 da ala dedicada ao curso de Medicina e a funcionária suportamente ataca é alguém bastante conhecida e querida no campus, tratada como "tia" por muitos estudantes.
A Polícia Civilfoi procurada pela universidade e solicitou as imagens das câmeras de segurança. A cabine do banheiro foi interditada para passar por uma perícia.
"As imagens vão poder nos auxiliar nas investigações, é o que temos até agora. Vamos instalar um inquérito e tentaremos identificar as pessoas que entraram no banheiro feminino da universidade", explicou o delegado de Vassouras, Luciano Santos.
Nas redes sociais, estudantes da Universidade de Vassouras denunciaram o ato de racismo. Além das manifestações na internet, vários estudantes de odontologia, medicina, medicina veterinária e outros cursos da instituição organizam um ato de protesto em frente à instituição nesta sexta-feira (2).
Além disso, agora há pouco, a Universidade publicou nota de repúdio. A instituição privada lembrou que o crime é classificado como hediondo, afirmou estar comprometida na "luta antirracista" e revelou já ter aberto procedimento interno e acionado a autoridade policial.
A nota, reproduzida abaixo, foi assinada pelo presidente da Fundação Educacional Severino Sombra, que administra a Universidade, e pelo reitor, respectivamente Marco Capute e Marco Antonio Soares de Souza.
"A Fundação Educacional Severino Sombra e a Universidade de Vassouras repudiam de forma veemente o CRIME ANÔNIMO, HEDIONDO E INACEITÁVEL, de racismo praticado de FORMA COVARDE em nossas dependências.
Nossa instituição é irrestritamente comprometida na luta antirracista, não tolera e não tolerará atitudes de incivilidade e discriminação racial.
Aluno(a) e/ou colaborador(a) que for vítima de ato preconceituoso será por nós acolhido(a) e defendido(a) até as últimas consequências.
Somos uma instituição que se orgulha por ser plural e inclusiva, e não mediremos esforços para apurar e punir severamente a(o) responsável por este ato REPUGNANTE!
Nos solidarizamos com o sentimento de revolta dos alunos, funcionários e professores e pedimos a todos e todas que, mais do que alimentarem o sentimento de protesto, se unam ao esforço institucional no combate aos flagelos que são o racismo e o preconceito, de qualquer natureza.
Já acionamos a autoridade policial para início da persecução criminal do(a) autor(a) do fato e instauraremos procedimento interno disciplinar para responsabilização acadêmica do(s) responsável(is)."
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