Ícone da luta antirracista no esporte americano, Gwendolyn Berry virou as costas para a bandeira americana ao subir no pódio na seletiva olímpica dos Estados
Redação Publicado em 27/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h03
Ícone da luta antirracista no esporte americano, Gwendolyn Berry virou as costas para a bandeira americana ao subir no pódio na seletiva olímpica dos Estados Unidos. Terceiro lugar na disputa do lançamento com martelo, a atleta se irritou com a execução do hino, algo que, segundo ela, não estava previsto nos protocolos da competição.
Gwen Berry, de 31 anos, é uma lançadora do martelo norte-americana, campeã pan-americana em Lima 2019, atleta olímpica (Rio 2016) e com participação nos Campeonatos Mundiais de Londres 2017 e Doha 2019. Sua marca de 77,78m, registrada em 2018, a coloca como quinta melhor lançadora em todos os tempos
Nos Jogos no Peru, ao subir no pódio, protestou com gesto similar aos dos Panteras Negras. Pelo ato, foi punida com uma suspensão de 12 meses das competições oficiais. Depois, porém, recebeu um pedido de desculpas do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC).
Gwen afirma que, na seletiva, a execução do hino não faz parte do protocolo. Quando as primeiras notas começaram a ecoar no estádio Hayward Field, ela virou as costas para a bandeira e se voltou para as arquibancadas. Em seguida, colocou uma camiseta na cabeça com a expressão “Atleta Ativista” escrita.
– Eu sinto que foi uma armação. Eu sinto que eles fizeram isso de propósito. E eu estava chateada, para ser honesta. Foi engraçado porque eles disseram que iriam tocar (o hino) antes de realmente sairmos. E, então, aconteceu que eles tocaram quando estávamos lá. Então, você sabe, está tudo bem. Eu realmente não quero falar sobre o hino porque isso não é importante. O hino não fala por mim. Nunca falou.
Gwen diz estar planejando um novo protesto em Tóquio, nas Olimpíadas, ainda que o COI tenha referendado o veto às manifestações políticas e sociais. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos, porém, afirmou que não vai punir atletas que protestarem durante os Jogos.
– Há muitas coisas acontecendo neste mundo que são maiores do que o esporte. E eu só quero que todos entendam que, como atletas, podemos usar nossas vozes – devemos usar nossas vozes – para trazer conscientização sobre essas questões que impactam nossas comunidades. Esporte é entretenimento. Mas meu propósito, minha voz e minha missão são maiores do que o esporte. Sendo eu capaz de representar minhas comunidades e meu povo, e aqueles que morreram nas mãos da brutalidade policial, aqueles que morreram (devido) a esse racismo sistêmico, sinto que essa é a parte importante. É por isso que estou indo, e é por isso que eu estava aqui hoje.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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