A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manifesta inquietação e realizará monitoramento dos desdobramentos da decisão de Toffoli no caso da Odebrecht
Marina Roveda Publicado em 21/10/2023, às 15h52
O Grupo de Trabalho Antissuborno da OCDE (WGB) divulgou seu relatório sobre a quarta fase da avaliação do cumprimento da Convenção Antissuborno da OCDE pelo Brasil. A avaliação, que ocorreu após a delegação brasileira ser sabatinada em Paris, expressa preocupações e críticas significativas.
Uma das principais preocupações abordadas no relatório é a impunidade nos casos de corrupção transnacional no Brasil que permanecem sem resolução final ou que são anulados pela justiça. O documento aponta que nenhum indivíduo foi condenado definitivamente por suborno transnacional no país, com o primeiro caso desse tipo ainda em andamento após quase 10 anos, e oito dos nove envolvidos já foram absolvidos por prescrição do crime.
O relatório também destaca a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht. Essa decisão foi mencionada diversas vezes no documento e encabeça a lista de assuntos sob monitoramento do WGB, sobre os quais o Brasil terá que relatar nos próximos dois anos.
Outra preocupação abordada é a independência efetiva dos agentes da lei, apontando para um "efeito inibidor" resultante da combinação entre a ampliação da Lei de Abuso de Autoridade e recentes ações disciplinares contra procuradores atuando em casos de corrupção. O relatório também menciona a percepção de politização da Procuradoria-Geral da República e a interferência indevida do ex-presidente na Polícia Federal e em outras agências de investigação.
O relatório da OCDE faz recomendações para proteger a Procuradoria-Geral da República contra politização e garantir que agentes de aplicação da lei não sejam influenciados politicamente. No entanto, reconhece os avanços do Brasil no combate à corrupção transnacional, como os acordos de leniência e o aumento de recursos para investigações.
Essa avaliação internacional destaca a importância de uma análise crítica dos esforços anticorrupção no Brasil à luz das melhores práticas internacionais, além de indicar áreas que requerem aprimoramento.
Desde a adesão à Convenção Antissuborno da OCDE em 2000, o Brasil passou por quatro rodadas de avaliação. No entanto, retrocessos legais e institucionais levaram a reações críticas da OCDE e medidas para monitorar de perto a capacidade do país de combater a corrupção.
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