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Motivo torpe?

Vingança: comerciante mata três com tiro na cabeça e ainda explica motivo

Após os crimes, o comerciante se entregou e confessou suas ações

Após os crimes, o comerciante se entregou e confessou suas ações - Imagem: Pixabay
Após os crimes, o comerciante se entregou e confessou suas ações - Imagem: Pixabay

João Perossi Publicado em 31/08/2022, às 09h44


Em São Carlos (SP) a Justiça decretou terça-feira (30) a prisão preventiva de Raimundo Nonato Martins, de 55 anos, após o suspeito confessar ter assasinado 3 pessoas com um tiro na cabeça no domingo (28).

Segundo Raimundo, o motivo do crime seria vingança por uma cobrança de dívida que uma das vítimas havia feito.

A empresária Zelma Maria de Oliveira, 73 anos, o ex-marido João Batista de Oliveira, 77, e o chofer da família, Reginaldo Lima, 44, foram achados mortos com um buraco de bala no crânio, em duas residencias na região do centro de São Carlos.

Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) João Fernandes Baptista, a motivação do crime foi o ódio que Raimundo nutria por Zelma. A mulher entrou na justiça para cobrar uma dívida de aluguel do suspeito, que foi despejado do imóvel após não pagar a proprietária.

"O Raimundo tinha um restaurante que funcionava em um imóvel pertencente a Zelma. Há cerca de cinco anos, o comerciante começou a ter problemas financeiros e a atrasar os pagamentos do aluguel. Como a Zelma cobrava esse valor, ele passou a cultivar um ódio muito grande da mulher e do ex-marido dela, porque segundo o Raimundo, ele a incentivava a cobrar os valores atrasados", contou o delegado.

O motorista, que encontrou seu fim trágico junto a Zelma, não possuia envolvimento direto com Raimundo, e foi morto apenas por estar presente no momento do crime, afirmou o delegado:

"Já o motorista foi morto apenas por estar junto com a Zelma no momento", contou. O oficial da Polícia Civil também conta que o restaurante de Raimundo funcionou no imóvel de Zelma por mais de 20 anos, e que nenhuma ocorrência do tipo havia sido registrada anteriormente.

Raimundo se entregou na delegacia junto a um advogado. Na ocasião, foram entregues à polícia a arma do crime, um revólver calibre 38, e diversas munições, além da roupa utilizada pelo suspeito no dia dos crimes.

"Ele está colaborando com as investigações, tanto que se entregou de livre vontade. Sobre a motivação do crime ainda não posso falar porque as investigações não foram concluídas", declarou o advogado de defesa, Roquelaine Batista dos Santos.

Raimundo foi indicado como principal suspeito após a polícia analisar imagens de câmeras de segurança do bairro em que Zelma morava.

O suspeito teria ido à casa da rentista momentos depois de atirar em João Batista, em outra residência, mas como não encontrou ninguém no imóvel, teria dado voltas no bairro esperando a vítima chegar.

Cerca de duas horas depois, Zelma chegou com seu motorista, Reginaldo, e os dois foram mortos na cozinha de casa.

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