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Crime gravado

Após postarem vídeos de tortura na web, Polícia conta o que aconteceu com grupo criminoso

Grupo atuava em Augustinópolis, no Tocantins

Grupo atuava em Augustinópolis, no Tocantins, e foi capturado após investigação da Polícia Civil - Imagem: divulgação
Grupo atuava em Augustinópolis, no Tocantins, e foi capturado após investigação da Polícia Civil - Imagem: divulgação

Nathalia Jesus Publicado em 13/09/2022, às 12h46


Na segunda fase da Operação Absterge, da Polícia Civil, nove suspeitos de integrarem um grupo criminoso do norte do Tocantins foram presos na manhã da última segunda-feira (12).

O grupo é investigado por participações em diversos crimes, como tráfico de drogas, homicídios e torturas contra membros de gangues rivais. Os criminosos ficaram conhecidos após filmarem e postarem nas redes sociais as mortes e sessões de tortura.

“Normalmente os atos eram gravados e divulgados pela própria organização criminosa nas redes sociais com objetivo de aterrorizar a população e reafirmar a sua suposta e autoproclamada autoridade no submundo do crime”, relatou o delegado responsável pelo caso, Jacson Wutke.

Com o grupo foi encontrado drogas e celulares descartáveis. Foram detidos durante a operação sete homens e duas mulheres, com idades entre 19 e 34 anos.

Entre eles foram apreendidos também dois adolescentes de 16 anos por associação ao tráfico e atos infracionais.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o grupo seria originário do Maranhão e vinha tentando dominar a cidade do norte do Tocantins.

Ao todo foram expedidos 18 mandados de busca, apreensão e prisão preventiva contra os suspeitos para a segunda fase da operação.

O delegado Wutke acredita que a operação não pode ser considerada encerrada:

“As investigações continuam e se, eventualmente, identificarmos que a organização criminosa busca meios de se manter ativa em Augustinópolis, certamente haverá uma terceira fase. E, em sendo o caso, uma quarta, quinta e quantas outras fases forem necessárias. A operação ‘Absterge’ só vai se encerrar quando cumprir a sua missão: extirpar integralmente essa facção criminosa de nossa cidade”.

A Secretaria de Segurança Pública ainda aguarda a decição da Justiça, à pedido da Polícia Civil, para tornar as prisões preventivas em definitivas. Ainda não há expectativas para que o pedido seja atendido.
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