A mulher de 38 anos que usou as redes sociais para pedir ajuda por estar sendo agredida e mantida em cárcere privado pelo marido, de 41 anos, afirmou à TV
Redação Publicado em 27/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h22
A mulher de 38 anos que usou as redes sociais para pedir ajuda por estar sendo agredida e mantida em cárcere privado pelo marido, de 41 anos, afirmou à TV TEM que foi vítima das agressões três vezes pelo suspeito.
Segundo ela, antes de conseguir usar a internet e ser localizada pela polícia, ela chegou a mostrar o símbolo “X” para diversas pessoas na rodovia. O símbolo é usado para pedir socorro e denunciar violência doméstica de forma silenciosa.
“Ele bebia e me batia. Eu mostrava [o símbolo] para todo mundo que estivesse me vendo. Alguém que conhecesse o sinal iria entender. E deu certo”, disse a vítima.
O casal é de Anápolis (GO) e seguia de Santa Catarina até Brasília (DF) com carga de madeira em um caminhão. Ainda de acordo com a vítima, ela atuava como enfermeira, mas estava viajando com o marido havia sete meses. Contudo, acabou sendo impedida de voltar para casa.
O caminhoneiro foi detido na altura do quilômetro 78 da BR-153, em Bady Bassitt (SP), depois que a mulher pediu socorro nas redes sociais, na quinta-feira (25).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a prisão ocorreu depois que policiais receberam o compartilhamento das postagens da mulher, que afirmou que era agredida pelo companheiro.
A partir do número da placa do veículo e do relato da mulher, os policiais abordaram o veículo em Bady Bassitt. A vítima apresentava sinais de violência no rosto e afirmou que era agredida pelo homem.
“A foto dela circulou pelo Brasil e chegou até a PRF, que passou a monitorar o trajeto dela e do companheiro ao longo das rodovias federais. Conseguimos fazer a interceptação na região de Rio Preto”, afirma o policial federal Flávio Catarucci.
O caminhoneiro foi levado à delegacia da cidade, onde confessou as agressões e foi preso em flagrante por cárcere privado e violência familiar. Ele era investigado em outros inquéritos pelo mesmo crime, mas não havia medida protetiva contra o agressor.
A mulher passou por exame de corpo de delito e foi ouvida. O homem foi encaminhado à prisão depois de confessar o crime. A vitima foi levada de volta para Goiânia na sexta-feira (26).
A campanha para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica foi lançada em junho de 2020, em parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo o CNJ, a iniciativa é para ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda. Inicialmente, a campanha foi criada em parceria com farmácias do país. Porém, a campanha ganhou força em outros tipos de comércio e também nas redes sociais.
Conforme o Conselho, o protocolo é simples. A vítima deve fazer um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom. Com isso, a mulher sinaliza que está em situação de violência e recebe ajuda dos comerciantes, que devem acionar a polícia.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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