O episódio violento ocorreu na madrugada de sábado (22)
Mateus Omena Publicado em 24/04/2023, às 14h07
Um médico de 31 anos morreu após ser esfaqueado diversas vezes dentro do próprio apartamento. Segundo a Polícia Militar, o assassinato ocorreu após o homem ser acusado de crime de estupro.
O episódio chocante aconteceu na noite do último sábado (22), no centro de Belo Horizonte (MG).
No momento em que os policiais chegaram ao prédio, já conseguiram ver uma grande poça de sangue por baixo da porta. Um chaveiro foi chamado para liberar o acesso. Quando os policiais conseguiram entrar no apartamento, encontraram o médico caído e sem sinais vitais.
As autoridades foram informadas que o suspeito do crime, de 30 anos, foi levado para o hospital, onde contou que foi drogado e abusado sexualmente. Ele apresentava corte na cabeça lado direito, lesão no pescoço e múltiplos cortes no peito.
Em depoimento à polícia, o homem relatou que conheceu a vítima há 15 dias e que estava com ela desde a quinta-feira (20). Após um passeio, eles foram para o apartamento da vítima com mais duas pessoas. Durante a madrugada do sábado (22), o homem disse que percebeu que tinha sido drogado. Ao acordar, ele relata que “viu que foi abusado pela vítima”.
O suspeito também explicou que tentou sair do local, mas teria sido impedido e o morador o ameaçou com uma faca.
Segundo a versão do suspeito, os dois entraram em luta corporal, momento em que ele conseguiu pegar a faca e desferiu vários golpes na vítima.
Quando viu o outro caído no chão, o suspeito disse que entrou em pânico e tentou se matar, mas não conseguiu. Ele então foi para casa de um primo, não achou ninguém, e depois seguiu para o consultório do seu psiquiatra.
O médico constatou que o paciente estava em surto psicótico e orientou a família a levá-lo ao hospital. No apartamento onde o assassinato ocorreu, o Samu constatou o óbito. A perícia identificou vários ferimentos na vítima por arma branca, sendo 10 no peito, um no rosto, três na mão esquerda, um na mão direita, seis na cabeça e oito nas costas.
Em entrevista ao jornal O Tempo, Fabrício Terrezza, primo da vítima, declarou que o crime foi cruel e parece ter sido premeditado.
"(O suspeito) matou e se internou para fugir da responsabilidade. Fontes informaram à família que foram 31 facadas. Isso não é humano. É revoltante e o responsável tem que pagar".
A Polícia Civil informou que o suspeito ficou sob escolta policial e, após alta médica, ele será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A motivação e circunstâncias do crime serão investigadas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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