O procurador-geral afirma que a situação 'foi causada por marxistas, socialistas'
G1 Publicado em 15/07/2022, às 08h14
Autoridades do estado de Indiana, nos Estados Unidos, estão investigando a ginecologista Caitlin Bernard, que realizou um aborto em uma menina de 10 anos que havia sido estuprada.
A menina foi estuprada em maio por um imigrante irregular guatemalteco que foi detido na terça-feira (12).
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No início do mês, a doutora Bernard disse que recebeu a menina em Indianapolis após ser contatada por um colega do estado de Ohio.
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Uma lei que proíbe o aborto após a sexta semana (nem mesmo em casos de estupro ou incesto) entrou em vigor em Ohio no mês passado, depois que a Suprema Corte revogou a proteção para o direito de interromper uma gravidez.
Já em Indiana, os abortos legais são permitidos até a 21ª semana de gravidez. Autoridades estatais, em sua maioria do Partido Republicano, se opõem ao direito ao aborto e consideram proibi-lo.
Procurador-geral de Indiana
O procurador-geral do estado, Todd Rokita, criticou Bernard na noite de quarta-feira, acusando-a de não relatar o caso às autoridades, conforme exigido pela lei.
"Temos essa ativista a favor do aborto atuando como médica com histórico de não notificar" os casos em que é obrigada a fazê-lo, disse Rokita ao canal Fox News.
Na entrevista, ele falou que a procuradoria está reunindo informações e provas e que tentará cassar a licença profissional da médica.
Caso chamou a atenção de Biden
O presidente Joe Biden, que é favorável ao direito ao aborto, citou este caso para criticar a decisão recente da Suprema Corte que não reconhece mais esse direito nos EUA. "Dez anos! Estuprada, grávida de seis semanas, traumatizada e agora obrigada a ir para outro estado", disse Biden, durante uma cerimônia na última sexta-feira.
Oposição ao direito ao aborto
Até que o suspeito fosse preso, a imprensa conservadora e autoridades de Ohio questionavam se a história era verdadeira.
Agora, opositores ao aborto acusam os defensores deste direito de usar a menina para promover sua causa e culpam a política migratória de Biden pela tragédia, uma vez que o agressor é um imigrante que entrou ilegalmente no país.
"Esta situação horrível foi causada por marxistas, socialistas e aqueles da Casa Branca que advogam por uma fronteira sem lei", afirmou Rokita.
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