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Crueldade

Mãe recebe foto da filha sequestrada e amarrada e denuncia suspeito improvável

O corpo da menina de 4 anos foi encontrado em um rio

Mãe recebeu foto da filha amarrada antes de saber da morte da criança e denuncia suspeito improvável - Imagem: arquivo pessoal
Mãe recebeu foto da filha amarrada antes de saber da morte da criança e denuncia suspeito improvável - Imagem: arquivo pessoal

Nathalia Jesus Publicado em 16/05/2023, às 11h05


Beatriz Silva Félix, mãe da menina Maria Cecília Silva de Souza, de 4 anos, encontrada morta no último sábado (13) em um rio no noroeste do Paraná, disse que recebeu fotos da menina amarrada por meio de um aplicativo de mensagens.

A mulher denunciou que quem havia mandado as fotos e áudios da menina chorando teria sido o próprio pai da criança, Nadiro da Silva de Souza, que se tornou o principal suspeito do crime.

O casal ficou junto por quatro anos. Por conta de um acordo judicial, Nadiro ficava com a menina durante suas tardes de folga, como na sexta-feira (12), data em que os dois desapareceram, segundo informações do g1.

Beatriz disse que entregou a filha para o ex-companheiro, mas não recebeu mais notícias dela. O corpo da garota só seria encontrado pelo Corpo de Bombeiros no dia seguinte no Rio do Corvo, um afluente do Rio Paranapanema, com sinais de asfixia.

"Comecei a mandar mensagem pra ele trazer ela embora, e aí ele disse que não faria isso. Mandou áudios dela chorando, gritando e toda amarradinha. A partir daí eu não consegui falar mais nada. Ficamos juntos por quatro anos, mas ele nunca demonstrou ser esse monstro. Tudo isso começou depois que eu engravidei dela", disse a mãe.

Entre outras mensagens, Nadiro disse que "Ela já está morta" e "Você nunca mais vai ver ela" para a ex-companheira.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito ainda segue desaparecido.

Ameaças

Nos quatro anos de relacionamento, Beatriz afirmou que passou a sofrer violência doméstica nos últimos meses de relacionamento.

"A gente foi e voltou 11 vezes no relacionamento. Dessa última vez, eu disse que não iria voltar mais, e nisso ele não aceitou a separação. Quando estávamos juntos, ele batia em mim, puxava o meu cabelo, me dava soco. Ele me ameaçou de morte e fez o mesmo com a nossa filha".
Samuel Souto Ribeiro, delegado responsável pelo caso, acredita que o crime teria acontecido porque Nadiro não aceitou o fim do relacionamento com Beatriz, nem que ela conseguiu a guarda de Maria Cecília.
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