A genitora trabalhava na escola e também colocou seu filho para estudar no ambiente, com a garantia da bolsa escolar
Juliane Moreti Publicado em 21/12/2022, às 15h35
Na grande São Paulo, um professor foi preso acusado de cometer abusos frequentes com um aluno, de 10 anos, em que ele lecionava aulas.
A mãe da vítima era colega de trabalho do rapaz e só descobriu e fez a denúncia depois que a criança começou a ter comportamentos diferentes dentro da residência. Atualmente, a família mudou de país para superar o acontecido.
Os estupros aconteceram em ambiente escolar, localizado no Colégio Sigma, em Cotia (SP). Mariana, a mãe, começou a trabalhar na unidade e colocou Matias [filho], na mesma escola depois e de uma oferta de bolsa financeira. Mas, mal sabia que um colega de profissão, chamado José Pedro, de Educação Física, cometeria atrocidades com o menino.
Tudo começou quando, na instituição, aulas só eram oferecidas até o 4º ano, sendo que Matias estava no 5º. Mesmo assim, a mãe seguiu com a decisão, de acordo com a orientação do diretor. Só que, depois de um tempo, pela diferença de idade e conhecimento, a genitora ouviu reclamações para lecionar ao menino.
Foi aí que José Pedro, de Educação Física, se ofereceu para dar aulas individuais para Matias, duas vezes por semana, no refeitório, localizado longe da secretaria e no andar superior. Mas, nesses ensinamentos individuais, os abusos aconteciam em silêncio.
Por 2 meses, a mãe não desconfiou de nenhum acontecimento, até a mudança de comportamento do filho, de acordo com uma entrevista ao R7. Na verdade, o professor agressor se apresentava como educado e religioso.
Segundo Mariana, nesses sessenta dias, a criança começou a ter comportamentos que não tinha antes. Matias pedia para dormir com a mãe, a agarrava quando ela dizia que iria sair de casa. Em uma das vezes, teve um pesadelo dizendo que a cueca estava sangrando.
Além disso, o menino ficava super nervoso no caminho para a escola. Começava a suar e demonstrava tensão. Em um dos momentos, a mãe perguntou o que estava acontecendo, até que o menino falou ''é o professor Pedro''.
A partir daí, Mariana passou a questionar mais detalhes. O menino relatou que os abusos aconteciam nas aulas individuais, quando o professor o direcionava para o banheiro do refeitório. O profissional obrigava Matias a tocar em seu órgão íntimo.
Em outra ocasião, José Pedro chegou a tirar a roupa do menino e esfregar as partes íntimas por trás de Matias. Na época, a mãe se lembrou que o menino chegava a ficar assadona região, mas pensava que ele não se limpava corretamente, além de marcas de vermelhidão pelo corpo.
Uma profissional da limpeza também estranhava as idas dos dois ao banheiro com frequência, além de não obter respostas por trancar as portas, que não deveriam ser fechadas. Ela chegou a delatar o acontecimento para os responsáveis escolares.
Depois dos relatos do filho, Mariana denunciou o professor à direção da escola, que, inclusive, custou a acreditar nas falas da docente. O professor, quando questionado, respondeu que ''era apenas uma brincadeira de mão'', mas, em seguida, ele foi demitido.
Por mais cinco anos, a mãe continuou com a criança na unidade, porque Matias tinha medo de mudar de unidade e ser abusado por outro profissional. Quando ele se formou no 9º ano, a família [Mariana e Matias] se mudou de país.
Apesar do crime ter acontecido há muito tempo, no início deste mês, nesta segunda-feira (12), José Pedro foi condenado a 14 anos de prisão por esturpo de vulnerável, em regime fechado. Ele foi localizado em outro colégio que trabalhava e encaminhado para o presídio. Agora, a investigação segue por parte da Justiça, em sigilo.
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