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Justiça absolve PMs que estavam presos acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP

Júri inocentou sargento André da Silva e soldado Danilton da Silva das acusações de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou defesa das vítimas

Justiça absolve PMs que estavam presos acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
Justiça absolve PMs que estavam presos acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

G1 Publicado em 02/08/2022, às 08h05


A Justiça absolveu nesta segunda-feira (1º) dois policiais militares que estavam presos preventivamente acusados de assassinar dois suspeitos de roubo dentro de um carro parado, em 9 de junho de 2021, na Zona Sul de São Paulo. O caso teve repercussão à época porque uma testemunha filmou a ação policial, no cruzamento das ruas Doutor Rubens Gomes Bueno e Castro Verde, em Santo Amaro, e postou o vídeo nas redes sociais.

Durante o julgamento, no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, a maioria dos jurados votou por inocentar o sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira da Silva da acusação do crime de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Os dois agentes da Polícia Militar (PM) eram acusados de atirar aproximadamente 30 vezes em Felipe Barbosa da Silva, de 23 anos, e em Vinicius Alves Procópio, de 19. Durante o processo, os PMs se defenderam da acusação de assassinato, alegando que atiraram em legítima defesa porque os suspeitos estavam armados e atiraram neles, mas os disparos de Felipe e Vinicius não saíram.

Com a absolvição, o juiz Paulo Fernando Deroma De Mello, da 3ª Vara do Júri, determinou também o alvará de soltura dos réus. André e Danilton estavam detidos no presídio da Polícia Militar, o Romão Gomes, na Zona Norte da cidade.

"Nesse júri iremos buscar demonstrar aos jurados que a ocorrência foi legítima. Vamos trazer também elementos bombásticos que ainda não foram ventilados nesse processo. Espero que a verdadeira justiça seja feita com o retorno do Sargento André para sua família", disse antes do júri popular o advogado João Carlos Campanini, que defende André.

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