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Crime

Homem abre cova para o próprio pai após negligência e cena é de partir o coração; veja

O episódio aconteceu na última quarta-feira (29)

A cena aconteceu em Bela Vista de Minas (MG) - Imagem: reprodução/Facebook
A cena aconteceu em Bela Vista de Minas (MG) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 01/04/2023, às 12h47


Um homem passou por uma situação humilhante e dolorosa ao ter que fazer uma cova para enterrar o próprio pai. A cena foi compartilhada nas redes sociais e gerou revolta entre muitos internautas.

Segundo o jornal Estado de Minas, o episódio aconteceu em Bela Vista de Minas, na Região Central de Minas Gerais, na quarta-feira (29). O homem foi identificado como Geraldo Fraga, de 44 anos.

O pai Tarcísio Leandro Fraga morreu na terça-feira (28), por volta das 5h. A causa da morte do homem de 72 anos ainda não foi definida, no entanto o filho relatou que o pai tinha problemas com alcoolismo. No mesmo dia da morte, Geraldo foi até a prefeitura da cidade solicitar uma cova no cemitério municipal para enterrar o pai.

Uma funcionária pública entregou a Geraldo um documento que deveria ser entregue aos coveiros do cemitério. De tarde, o filho de Tarcísio foi até o local, porém, não encontrou ninguém para atendê-lo.

Sabendo que o coveiro estava no posto de saúde, Geraldo foi até o local para entregar o documento e receber o atendimento.

“Apareceu um funcionário da prefeitura e eu entreguei a ele o pedido para abrir a cova para o meu pai. A primeira coisa que ele me disse foi que não era garantido que abririam a cova até a tempo do enterro. Eu pensei: ‘a minha obrigação eu fiz, agora deixa eu ir embora que tenho mais coisas para resolver’”, contou Geraldo.

Na manhã do dia seguinte, Geraldo chegou ao cemitério para o enterro e havia apenas 20 centímetros de cova cavados. Dois funcionários ainda estavam retirando a terra do local.

O filho de Tarcísio perguntou sobre o motivo do atraso. “Disseram que estavam abrindo uma outra (cova), mas perceberam que haviam enterrado alguém lá há pouco tempo e resolveram começar a abrir uma nova”.

Pela manhã, o trabalho ainda estava no começo, o sobrinho de Tarcísio, Fabrício Alcântara, pegou as ferramentas e começou a cavar. Sem trocar mais uma palavra com os funcionários da prefeitura, Geraldo ajudou seu primo a tirar a terra do local para poder enterrar seu pai. A cena gerou revolta na comunidade que esperava o enterro.

“O pessoal está indignado, é um absurdo. A gente chegou e os coveiros estavam começando a abrir a sepultura ‘numa moleza’, muito devagar. Os meninos resolveram abrir. Garoava e, num momento de dor, estavam lá os parentes abrindo a cova do pai e do tio. Todo mundo achou um absurdo”, afirmou Vilma Lima, que é moradora de Bela Vista de Minas e acompanhou o enterro de Tarcísio.

O homem explicou ainda que a prefeitura não o procurou depois para dar qualquer satisfação ou oferecer algum pedido de desculpas.

“Eu fiquei muito chateado, porque não esperava abrir a cova do meu próprio pai. Virou uma mistura de tristeza e revolta. Isso não vai sair da minha mente. Eu cavei a cova do meu próprio pai. Eu fiquei muito constrangido e acredito que no momento não tive tempo para pensar. É muita tristeza”.

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