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Desafiando

Execução de família no interior ainda é mistério; nova perícia é requisitada

A hipótese mais trabalhada é de acerto de contas entre traficantes

Carro da família tem perfurações de tiros disparados para matar mãe e filha - Imagem: reprodução
Carro da família tem perfurações de tiros disparados para matar mãe e filha - Imagem: reprodução

Jair Viana Publicado em 09/01/2024, às 10h33


Uma nova perícia no carro da família Marinho, de Olímpia, executada a tiros, em Votuporanga, no dia 28 de dezembro do ano passado, pode ajudar a Delegacia de Investigações Gerais da cidade a encontrar novas pistas que possam revelar os autores ou autor do crime que teve repercussão nacional.

A informação foi revelada pelo novo delegado que chefia as investigações, Thiago Delta. O delegado adiantou que a nova perícia “tem como objetivo obter novos vestígios”.

Segundo a reportagem apurou, um líquido, não humano, teria sido encontrado dentro do carro em que foram mortas, Mirele, a mãe e Isabelly, filha, uma adolescente de 15 anos.

A execução da família Marinho, de Olímpia, segundo uma fonte da polícia, teria mesmo como motivo a cobrança de traficantes por dívida contraída pelo pai e marido, Anderson Marinho, mais conhecido como “Rei do Tráfico”.

O rapaz já havia sido condenado a mais de dois anos de prisão por tráfico de drogas. O portal do Tribunal de Justiça de São Paulo registra vários processos que Anderson respondia por vários crimes.

Os corpos de Mirele Tofalete, de 32 anos, o marido, Anderson Marinho de 35 e a filha Isabelly, de 15 anos estavam em um canavial e apresentavam adiantado estado de decomposição. A suspeita é que os três membros da família tenham sido mortos ainda na quinta-feira. Os cadáveres foram encontrados nesta segunda.

ACERTO DE CONTAS

Uma fonte da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que Anderson estava sofrendo ameaças havia vários dias. Segundo a mesma fonte, ele e sua família teriam sido sequestrados para que houvesse uma negociação com pessoas de São José do Rio Preto, ligadas ao tráfico. Anderson teria dívidas que não vinham sendo pagas.

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