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Empresário de Piracicaba preso por integrar quadrilha

Empresário de Piracicaba é preso suspeito de integrar quadrilha especializada em desvio de carga

Ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (3) durante operação conjunta do Gaeco e da polícia do Rio de Janeiro; R$ 15 mil em espécie e dispositivos eletrônicos foram apreendidos.

Prisão de empresário em Piracicaba - IMAGEM: Reprodução Grupo Bom Dia
Prisão de empresário em Piracicaba - IMAGEM: Reprodução Grupo Bom Dia

G1 Publicado em 03/08/2022, às 14h32


Um empresário de 53 anos foi preso em um apartamento no bairro Vila Monteiro, em Piracicaba (SP), na manhã desta quarta-feira (3). A ação integra a terceira fase da “Operação Resina”, realizada após investigação contra integrantes de uma associação criminosa especializada em desvio de carga de caminhões. O homem é apontado como um dos intermediários que atuava com o grupo criminoso.

No imóvel onde o empresário foi encontrado, a polícia apreendeu R$ 15.500,00 em espécie, um telefone celular e um tablet, além de documentos.

A polícia do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/RJ) realizaram 27 mandados de busca e apreensão em cidades do estado do RJ e de São Paulo.

Segundo informações da polícia, os criminosos desviavam cargas de aço, ferro e resinas. O esquema todo movimentou, de acordo com as investigações, mais de de R$ 1.160.00,00 em cargas furtadas.

A prisão do homem em Piracicaba, segundo a polícia, ocorreu por volta das 6h desta quarta-feira, na Rua Guilherme de Almeida.

Equipes de policiais da DISE- DEIC, promotores do Gaeco e policiais civis da 105ª Delegacia do Rio de Janeiro se deslocaram até o apartamento localizado no bairro Vila Monteiro onde o empresário foi preso. No imóvel, as equipes apreenderam dinheiro em espécie, dispositivos eletrônicos e documentos de interesse para continuidade das investigações.

Polícia cumpre mandado de prisão de empresário suspeito de integrar quadrilha uma organização criminosa especializada em furto de cargas de caminhões — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Polícia cumpre mandado de prisão de empresário suspeito de integrar quadrilha uma organização criminosa especializada em furto de cargas de caminhões

Nesta quarta-feira (3), foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em imóveis na capital do Rio de Janeiro e cidades do interior do estado, como Duque de Caxias (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Piraí (RJ) e Baixada Fluminense e na capital paulista, nos municípios de Ribeirão Pires (SP), Guarulhos (SP) e Piracicaba (SP).

Esquema criminoso: desvio de carga

Ainda de acordo com as investigações, o grupo criminoso contava com a participação de 21 pessoas, associadas a motoristas de caminhões que possuíam confiança de seus empregadores, recebiam cargas que ao invés de serem devidamente entregues em seus respectivos destinos, eram desviadas para os demais integrantes do esquema criminoso – que por sua vez vendiam as cargas desviadas através de receptação qualificada.

Dentre os alvos da operação, um deles é vereador no Rio de Janeiro e atualmente ocupa o cargo de Secretário Municipal da Ciência e Tecnologia. O pai do vereador, que é ex-policial no RJ, foi preso em flagrante delito por posse ilegal de arma, durante cumprimento de mandado de busca em seu imóvel.

Edson Coelho, pai de Willian Coelho, foi alvo de  busca e apreensão e foi preso pela Polícia Civil e pelo MPRJ — Foto: Reprodução/ TV Globo
Edson Coelho, pai de Willian Coelho, foi alvo de busca e apreensão e foi preso pela Polícia Civil e pelo MPR

Dos 21 integrantes do esquema criminoso, sete tiveram prisão preventiva decretada, sendo três proprietários de caminhões utilizados para desvio de cargas e que recrutavam motoristas para o esquema. Outros quatro eram empresários que agiam como intermediários ou receptadores. Eles guardavam as cargas para, depois, encaminhá-las ao destinatário final.

De maneira simultânea, policiais civis da 1ª DIG, 3ª DHPP e GOE - todas da DEIC, cumpriram mandados de busca e apreensão em uma chácara, bem como em um local apontado como sendo o estabelecimento comercial do empresário, o qual foi conduzido até da sede da DEIC, sendo formalizado registro de captura de procurado, ficando preso e a disposição da Justiça do Rio de Janeiro.

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