Diário de São Paulo
Siga-nos
Acidente?

Dois homens morrem após serem esmagados por placas de mármore; suspeita da polícia é chocante

O caso aconteceu durante a última segunda-feira (30)

As vítimas foram identificadas como Bruno Fernandes dos Santos, de 42 anos de idade, e Rodrigo Tavares dos Santos, de 35 - Imagem: reprodução/G1
As vítimas foram identificadas como Bruno Fernandes dos Santos, de 42 anos de idade, e Rodrigo Tavares dos Santos, de 35 - Imagem: reprodução/G1

Thais Bueno Publicado em 31/01/2023, às 15h52


Na última segunda-feira (30), em galpão em Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, dois homens morreram depois de serem vítimas de uma tragédia e terem sido imprensados por placas de mármore que se soltaram. 

De acordo com informações do G1, o delegado responsável pela apuração do ocorrido afirmou que, no momento, a Polícia Civil investiga o caso como homicídio culposo

As vítimas foram identificadas como Bruno Fernandes dos Santos, de 42 anos de idade, e Rodrigo Tavares dos Santos, de 35.

A situação aconteceu enquanto eles estavam escolhendo o material que comprariam para a loja de Bruno, que era comerciante e tinha acabado de abrir uma marmoraria em Madureira, também na Zona Norte do Rio. Rodrigo, por sua vez, era um dos funcionários do estabelecimento da outra vítima.

Reginaldo Guilherme Silva, delegado responsável pelo caso, deu mais detalhes sobre o andamento das investigações. "O inquérito foi instaurado, exatamente, para que possamos apurar todas as responsabilidades e se alguém agiu com culpa ou dolo. Mas eu acho que ali é culpa mesmo".

"Tudo será apurado dentro do inquérito. Ele vai ser indiciado, a princípio, por homicídio culposo. Agora está claro que ele é o responsável pelo local. Tem que ver a culpabilidade dele no evento da morte das duas pessoas que lá estiveram para comprar as pedras. Já está indiciado como homicídio culposo, com certeza, duplamente, duas mortes", finalizou para o G1.

Em depoimento, testemunhas que presenciaram a tragédia contaram que um cavalete, que estava sustentando as chapas de mármore, perdeu o apoio e caiu, imprensando Bruno e Rodrigo contra uma parede.

Os corpos tiveram que ser retirados do local por máquinas devido ao peso das placas de mármore. Eles foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio.

O marmoreiro Roberto Batista, que presenciou o acidente, afirmou: "A gente viu que estava perigoso. O cara falou: 'Vocês escolhem a peça que vocês querem aí e foi para dentro'. Tiramos a primeira. Falamos de novo: 'Olha, está perigoso, qualquer coisa vocês correm'. Quando fomos tirar a segunda, as outras que estavam atrás desceram".

"O cavalete estava ruim. E ainda gritei: 'Corre, Bruno, que tá estalando'. Ele tentou correr, ficou preso pela perna e o outro ficou pelo pescoço. E eu saí por baixo dele. Porque, senão era mais um que estava dentro daquele carro amarelo ali [carro da Defesa Civil que levou os corpos]".

Roberto ainda declarou que o local em que estavam tinha alguns problemas. "Só que aqui a gente vem comprar uma pedra aqui e não tem estrutura nenhuma. A gente mesmo que tinha que tirar porque os caras não têm um funcionário para ajudar a gente, nem nada".

A companheira de Bruno, Patrícia de Castro, também compareceu ao local da tragédia. Ela relatou que, no momento, quer que o caso seja apurado da forma correta e os responsáveis sejam punidos

"Esse depósito, o meu esposo conheceu recentemente. Hoje seria, no caso, a terceira vez que ele viria comprar pedra. Sendo que é retirado no braço mesmo. Ele só veio hoje para fazer a escolha das chapas, separar e, depois, viria o caminhão para retirar".

"Eu só soube que ele tinha sofrido um acidente. Cheguei aqui ele já estava morto. Eu quero justiça", apontou a moça.

O caso segue sob investigação da 27ª DP (Vila da Penha) e o responsável pelo local será indiciado.

Compartilhe  

últimas notícias