O julgamento de Alexandra Dougokenski teve início segunda-feira (16), em Planalto, e terminou nesta quarta-feira (18).
A ré foi denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo assassinato do filho Rafael Mateus Winques em maio de 2020, quando o menino tinha apenas 11 anos.
Entenda como Alexandra matou e escondeu o cadáver do próprio filho:
- 14 de maio – Durante a noite, Alexandra fez várias pesquisas sobre substâncias que diminuem a resistência física e psíquica, além de assistir a vídeos de estupro e a filmes pornográficos com asfixia. Depois de se irritar novamente com Rafael porque ele não acatava suas ordens e jogava muito online, ela deu sequência ao plano para matar o filho. Alexandra foi até o quarto de Rafael e deu ao filho dois comprimidos de Diazepam, alegando que assim ele dormiria melhor.
- 15 de maio – Rafael estava deitado na cama e mexia no celular quando começou a ficar sonolento por conta dos remédios. Depois de confirmar que o filho dormia profundamente, Alexandra entrou silenciosamente no quarto e o matou por asfixia, estrangulando-o com uma corda de nylon enquanto ele dormia. Ao confirmar a morte do filho, ela vestiu o garoto, pegou os chinelos e óculos dele e o levou até a casa vizinha, onde escondeu o cadáver em uma caixa de papelão, já que sabia que os vizinhos estavam viajando e que no local havia um tapume. Tentando afastar qualquer suspeita, Alexandra registrou o desaparecimento de Rafael na Delegacia de Polícia.
- Entre 14 e 23 de maio – Alexandra circulou o dia 14 de maio no calendário.
- 23 de maio – Tentando dar mais forças à falsa versão do desaparecimento, Alexandra mandou mensagem de WhatsApp para a Polícia contando sobre a marcação no calendário e dizendo que o responsável por ela era Rafael.
- 25 de maio – O corpo de Rafael foi encontrado dentro da caixa de papelão. O menino estava em posição fetal, com um saco na cabeça e com a corda ainda envolta de seu pescoço. Algumas sacolas plásticas cheias de retalhos recobriam o corpo.