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Violência contra a mulher

Procurador que espancou a chefe recebe castigo pelo crime em SP

O homem foi preso em julho de 2022 após agredir a colega com socos e chutes no local de trabalho

Gabriela Samadello Monteiro de Barro foi espancada pelo procurador Demétrius Oliveira Macedo - Imagem: reprodução/TV Globo
Gabriela Samadello Monteiro de Barro foi espancada pelo procurador Demétrius Oliveira Macedo - Imagem: reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 18/05/2023, às 15h35


O procurador Demétrius Oliveira Macedo, que foi filmado agredindo a chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro (SP), passou por interrogatório durante uma audiência sobre o caso.

Segundo a TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, a Justiça abriu um prazo para que a acusação e a defesa apresentem alegações finais antes da sentença.

Demétrius foi flagrado por colegas agredindo Gabriela Samadello Monteiro de Barro, então chefe dele, com socos e chutes dentro do local de trabalho, em julho de 2022.

O homem foi detido e, posteriormente, internado em um hospital psiquiátrico após apresentar um comportamento de personalidade narcisista e combativo.

Mais tarde, ele foi interrogado durante uma audiência de instrução e julgamento [ato processual que tem como finalidade a produção de provas orais] realizada na última quarta-feira (17) pela 1ª Vara Cível de Registro (SP).

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que a vítima e mais três testemunhas prestaram depoimentos à Justiça. O prazo para as considerações finais das partes não foi divulgado.

Para o advogado de Gabriela, Alberto Zacharias Toron, a audiência teve uma "condução perfeita", ou seja, sem incidentes. Ele acrescentou que mais testemunhas sequer precisaram ser ouvidas. "O Ministério Público desistiu, com a minha aquiescência [aprovação], pois a prova ficou clara no sentido que, do nada, ele a agrediu de forma covarde e brutal".

O que diz a defesa?

De acordo com o advogado Marco Antonio Modesto, que representa Demétrius no caso, o homem está "confiante na Justiça para a proteção dos direitos de uma pessoa com esquizofrenia paranoide, transtorno mental crônico e incapacitante que requer acompanhamento psiquiátrico em ambiente hospitalar adequado".

Ele explicou também que a necessidade de internação e tratamento psiquiátrico de Demétrius "já foi identificada pela própria perícia do Estado, devendo a Justiça manter o respectivo tratamento médico, que é um direito de toda pessoa com transtorno desse tipo".

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