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Suposto registro de vacinação de Bolsonaro está ligado a email em nome de Lula

A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência referente ao registro falso de vacinação atribuído ao ex-presidente Bolsonaro.

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. - Imagem: Reprodução | Band.
Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. - Imagem: Reprodução | Band.

Marina Roveda Publicado em 06/05/2023, às 21h44


A Prefeitura de São Pauloregistrou um boletim de ocorrência sobre um falso registro de vacinação contra a Covid-19 em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento policial, ao qual o Correio Braziliense teve acesso, apresenta uma ficha de vacinação falsa que inclui o CPF, nome, dia e mês de nascimento do ex-presidente. No entanto, o ano de nascimento está incorreto. Além disso, um detalhe que chamou a atenção da prefeitura no boletim de ocorrência é o email cadastrado, que está no nome do atual presidente e principal adversário político do ex-mandatário, "[email protected]".

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Imagem: Reprodução 

De acordo com o registro falso, o ex-presidente teria recebido a vacina da Janssen em uma unidade básica de saúde na zona norte de São Paulo, em 19 de julho de 2021, mesmo estando em Brasília nesta data. No entanto, a gestão municipal observou que a pessoa que teria aplicado a vacina nunca trabalhou na unidade indicada no sistema e o lote citado como aplicado não foi disponibilizado em São Paulo. A unidade de saúde também nunca atendeu Bolsonaro. Mesmo assim, a vacina foi validada no sistema do Ministério da Saúde.

O advogado Fábio Wajngarten afirmou durante uma coletiva de imprensa que Bolsonaro sofreu ataques de hackers na pandemia e que, desde 2021, há acusações de que o ex-presidente teria tomado alguma vacina. No entanto, o Ministério da Saúdenegou em nota que tenham ocorrido invasões nos sistemas da pasta por hackers no período alegado por Bolsonaro.

Atualmente, a Polícia Federal está investigando casos envolvendo inserção de dados falsos sobre a vacinação do ex-presidente, de familiares e de pessoas próximas a ele pelos sistemas estaduais de saúde de Cabeceiras-GO e Duque de Caxias-RJ. No entanto, esse registro falso em São Paulo ainda não está inserido no inquérito em andamento.

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