Número de roubos na região da 25 de Março atinge recorde histórico

A região da Rua 25 de Março e Praça da Sé, localizadas no Centro de São Paulo, enfrenta um aumento alarmante no número de roubos, atingindo o maior patamar da série histórica em 2023, conforme dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).

De janeiro a outubro deste ano, a SSP registrou 3.772 ocorrências desse tipo na área, marcando o patamar mais elevado desde o início da série histórica em 2001. O 1º Distrito Policial, na Liberdade, responsável por atender a região, contabilizou uma média de 12 roubos por dia, totalizando um a cada duas horas.

Os recordes anteriores foram registrados em 2022, com 3.719 casos, e em 2014, quando 3.598 boletins de ocorrência sobre roubos foram registrados no mesmo DP.

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Diante desse cenário, o governo de São Paulo reforçou o policiamento na região com mais de 200 policiais militares para lidar com o aumento das atividades criminosas, especialmente durante o período de compras de Natal e a decoração dos pontos turísticos, que atraem milhões de visitantes para o Centro nesta época do ano.

O porta-voz da Polícia Militar, major Rodrigo Vilardi, destacou em entrevista que houve um aumento no número de criminosos presos na região em comparação com o ano passado. Ele ressaltou que, desde abril, a região do 1º DP apresentou uma queda no número de furtos e roubos, mas a persistência do alto índice desses crimes continua sendo um desafio para as autoridades de segurança pública.

Apesar dos esforços das autoridades, a preocupação com as compras de Natal e a circulação intensificada de pessoas na região se mantém. Com a proximidade da ceia de Natal, a expectativa da Associação Comercial da 25 de Março é que cerca de 1 milhão de pessoas passem pela região até o dia 25.

O major Vilardi destacou que, além das ações de prisão e reforço policial, é essencial que a execução penal seja efetiva, evitando que criminosos voltem a praticar delitos após serem soltos. Ele ressaltou a importância de mecanismos que garantam que, uma vez presos, os criminosos não continuem a perpetrar crimes após audiências de custódia ou benefícios penais, como a "saidinha temporária."