O caso aconteceu em Jaú, no interior de São Paulo
Thais Bueno Publicado em 01/03/2023, às 17h36
Na última sexta-feira (24), foi finalmente realizado o Tribunal do Júri sobre um caso que deixou os moradores da cidade de Jaú, no interior de São Paulo, extremamente chocados. O homem indiciado por estuprar e asfixiar a morte uma jovem, de apenas 22 anos, foi condenado a 36 anos de prisão.
De acordo com informações do G1, a vítima era Bruna Vides Ribeiro. O caso aconteceu em dezembro do ano de 2018, mas apenas agora houve a audiência no tribunal que sentenciou o criminoso as mais de três décadas de detenção.
O assassino foi identificado como André Mário Rodrigues Nogueira. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado (por emprego de asfixia, através de recurso que dificultou a defesa da vítima, e feminicídio), estupro e ocultação de cadáver.
Conforme declarado pelo processo, a pena total do suspeito é de 36 anos, 2 meses e 14 dias de reclusão. A decisão já foi tomada e não há possibilidade dele recorrer em liberdade. Vale mencionar que ele tinha sido preso poucos dias depois do crime.
No dia 4 de dezembro de 2018, Bruna Vides foi encontrada morta em uma estrada de terra próxima ao local onde foi assassinada, no Jardim Padre Augusto Sani, em Jaú (SP). O laudo feito pela perícia revelou que ela estava seminua, com as mãos amarradas com uma calcinha e, ainda, com a alça da própria bolsa enrolada no pescoço.
A Polícia Civil investigou o caso mais a fundo e descobriu que, na verdade, a vítima era do Paraná e estava morando em Jaú, há duas semanas, junto com a irmã mais velha. Eles também descobriram que a moça trabalhava como garota de programa na cidade.
Na época que o crime aconteceu, a jovem e o suspeito, que tinha 33 anos, tinham ido juntos para um motel. No local, ela foi agredida, estuprada e asfixiada até a morte com a alça da própria bolsa. Depois do homicídio, ele ainda jogou o corpo dela em uma estrada, onde foi encontrado momentos depois.
Imagens feitas por câmeras de segurança da região ajudaram os policiais a localizar o agressor. Um trecho das filmagens, inclusive, até mostra a vítima entrando em um carro, próximo ao horário das 14h30 do dia 4 de dezembro para ir ao motel.
Mais câmeras da região viram o mesmo veículo na região; contudo, dessa vez, por volta das 16h30 e em alta velocidade, ia justamente até o local onde o corpo de Bruna foi encontrado. Assim, os agentes conseguiram identificar o carro e encontraram André.
Natan Elias Ribeiro desabafou sobre a morte da irmã na época. "Foi muita covardia, ela só tinha 22 anos e uma vida inteira pela frente. Era minha irmã caçula e ainda estamos tentando entender o porquê de tanta violência. Ela não merecia isso".
No dia 5 de janeiro de 2019, a autoria do crime foi confirmada através de exames de DNA.
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