Diário de São Paulo
Siga-nos
Tortura

Filhos de PM foram responsáveis por torturar e matar tenente aposentado em SP

Ricardo Boide, de 52 anos, foi morto a tiros no último dia 4

Filhos de PM foram responsáveis por torturar e matar tenente aposentado em SP - Imagem: reprodução
Filhos de PM foram responsáveis por torturar e matar tenente aposentado em SP - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 10/07/2023, às 10h00


Welington Aquido dos Santos, de 35 anos, conhecido como Salete, é apontado como líder da quadrilha que torturou, sequestrou e matou o tenente aposentado da Polícia Militar Ricardo Boide, de 52 anos, na noite do último dia 4. Dois dos outros três comparsas de Salete são filhos de PM.

A quadrilha invadiu a casa de Boide em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Quando os ladrões viram a farda da vítima passaram a torturá-la com faca, coronhadas, choques, socos e pontapés na frente da família.

Depois da tortura, Boide foi sequestrado pelos bandidos e morto a tiros em uma área rural da região.

Quatro pessoas envolvidas no crime foram presas, incluindo Salete. Na delegacia, a polícia descobriu que os irmãos Alexandre Alencar Reif e Erick Alencar Reif  são filhos de um sargento aposentado da PM, e, segundo a Polícia Civil, foram reconhecidos pelos familiares do tenente Boide como autores do roubo na casa dele. A pistola roubada do oficial foi apreendida na residência dos dois.

Como agiam?

Segundo investigações coordenadas pelo delegado Hélio Bressan, titular da Seccional de Taboão da Serra, dias antes de invadir a casa do tenente, o líder do bando havia comandado arrastões em dois condomínios no município vizinho de Embu das Artes.

Na casa de número 20, os criminosos agiram com mais violência ainda. O dono da residência, de 63 anos, tentou impedir a entrada dos ladrões e levou um tiro no rosto. Ele foi removido em estado crítico para o Hospital Regional de Cotia.

Parte dos assaltantes usava máscaras ninja. Além de roubar objetos de valor das residências, o grupo exigia dados bancários e senha das contas correntes das vítimas para realizar transferências via Pix pelo aplicativo do celular. Os criminosos utilizavam também maquininhas adquiridas em nome de "laranjas", segundo informações do UOL.

Compartilhe  

últimas notícias