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Preservação ambiental

Entenda a importância dos drones e satélites na preservação ambiental

Drones com câmeras térmicas são utilizados na operação SP Sem Fogo para identificar focos de incêndio e auxiliar no resgate de vítimas na natureza

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik
Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 21/06/2024, às 12h27


O Governo de São Paulo intensifica neste mês de junho as ações de mitigação e combate a incêndios florestais com a nova etapa da operação SP Sem Fogo. Diferentes ferramentas tecnológicas auxiliam as equipes dos órgãos estaduais no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período de estiagem.

Entre os equipamentos utilizados estão os drones termais. A ferramenta empregada pela Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), faz o monitoramento em tempo real de possíveis focos de incêndio em unidades de conservação.

Por meio de câmeras térmicas, os drones são capazes de detectar pontos de calor, mesmo sob densa vegetação, facilitando a identificação do fogo e permitindo uma ação mais precisa.

A tecnologia presente nas câmeras transforma a radiação infravermelha em imagens visíveis ao olho humano. O sensor de calor é sensível a qualquer objeto ou corpo aquecido a uma temperatura maior que zero absoluto (-273 °C) com emissão de ondas eletromagnéticas.

Além de focos de incêndio, a câmera termal ajuda na identificação de concentrações de fauna e até de pessoas, o que auxilia no trabalho de procura e resgate de eventuais vítimas. Os drones são distribuídos pelos polos regionais da Fundação Florestal. São 32 equipamentos no total.

Os drones também são empregados no pós-incêndio, para medir a área atingida e identificar possíveis pontos onde o fogo pode voltar. “No rescaldo, quando se termina de apagar o fogo, a gente levanta o drone para ele apontar se tem alguma área quente ainda que possa criar algum tipo de reignição. Por último, também usamos a ferramenta para aferir a área queimada”, explica o coordenador da SP Sem Fogo.

A tecnologia está no centro das ações de combate e prevenção contra incêndios do Estado de São Paulo. Além dos drones da Fundação Florestal, o monitoramento de queimadas também é feito por dois mapas da Defesa Civil que, graças a algoritmos e satélites, conseguem detectar possíveis riscos de incêndio ou identificar focos de queimada já existentes.

O Mapa de Risco de Incêndio funciona como uma ferramenta preventiva. Com base em modelos meteorológicos, é possível identificar as chances de incêndio em determinado local. Isso é feito a partir de algoritmos que compilam dados sobre elementos como o nível de chuva dos últimos dias, cobertura vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento.

Já o Sistema de Monitoramento e Alerta (SMAC), feito em parceria com a Climatempo, gera um mapa a partir de informações colhidas por quatro satélites, onde é possível identificar focos de incêndio já em andamento.

Além dos mapas da Defesa Civil, a gestão estadual dispõe do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. A pasta ainda conta com painéis sobre autos de infração ambiental e soltura de balões e de adesão de municípios às ações da Operação SP Sem Fogo.

Em 2023, em todo o estado de São Paulo, a área total atingida por incêndios florestais foi de 1.030 hectares, ante 7.181 em 2022, queda de 86%. Os dados são do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas.

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