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Acidente

Eletricista socorrido em chamas relata sequelas: ''Morri por alguns segundos''; veja o vídeo

O acidente de trabalho aconteceu na cidade de Bauru, em São Paulo

O eletricista Rodrigo falou sobre suas sequelas após sofrer uma descarga elétrica de 13 mil volts durante o trabalho. - Imagem: reprodução I UOL
O eletricista Rodrigo falou sobre suas sequelas após sofrer uma descarga elétrica de 13 mil volts durante o trabalho. - Imagem: reprodução I UOL

Juliane Moreti Publicado em 31/05/2023, às 17h50


Em dezembro de 2022, na cidade de Bauru (SP), o momento que um eletricista sofreu uma descarga elétrica de 13 mil volts durante o trabalho foi registrado.

Meses depois, Rodrigo Moraes, de 40 anos, falou ao UOL sobre suas grandes sequelas, como o fato de que perdeu a orelha direita, vive tratando queimaduras graves, possui diversas cicatrizes pelo corpo e mal consegue respirar direito. 

As imagens do momento circularam as redes sociais e mostram que, pendurado ao poste, o profissional chega a desmaiar pelo choque enquanto suas roupas pegam fogo.

Agora, oficialmente, Rodrigo recebeu alta do Hospital Municipal de Bauru e conta que ''sobreviveu por um milagre''.

''Esse foi o momento que morri por alguns segundos. Na hora que levei a descarga elétrica, eu tinha na minha mente que eu já estava morrendo. Daí desmaiei. Nem sei como consegui me soltar e descer do poste. Foi um milagre eu ter voltado à vida'', disse. 

Sobre aquele dia, o eletricista conta que subiu no poste com o equipamento básico de proteção para mexer com um cabo de fibra ótica, que não oferece risco de choque.

Entretanto, já montado na escada, Rodrigo encostou em um cabo deixado solto no poste sem a proteção, sendo este que causou a força elétrica inesperada.

''Foi nesse cabo que eu encostei. Onde passam 13 mil volts de carga elétrica. Ele devia estar enroladinho, protegido, mas estava exposto e eu não vi'', contou, reforçando que utilizou o Equipamento de Proteção Individual (EPI) oferecido pela empresa, mas de ''péssima qualidade''. 

Rodrigo, casado há três anos, possui também filhos e, agora, uma cuidadora para poder manter sua saúde. Os atendimentos especializados estão sendo realizados pelo SUS, caso que está nas mãos de um advogado porque os custos deveriam ser da empresa terceirizada responsável. 

Rodrigo ressalta o quanto a fase de recuperação, completamente parada, é difícil, porque sempre ele foi ''muito trabalhador'' e se tornou ''provedor'' desde muito cedo.

''É difícil quando, além da dor física, você se dá conta de que não pode mais trabalhar como antes para pagar contas. Para uma pessoa ativa como eu, é um processo muito difícil. Eu rezo para ficar bem logo'', disse, garantindo que nunca mais quer trabalhar com instalação e manutenção de cabos.

Veja o momento do acidente: 

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