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Ataque escola em SP

Ataque em escola de SP reacende discussão sobre Segurança Pública nas escolas

A delegada Raquel Gallinati revelou o que pode previnir ataques como o que aconteceu na última segunda-feira (27)

Ataque em escola de SP reacende discussão sobre Segurança Pública nas escolas - Imagem: reprodução redes sociais
Ataque em escola de SP reacende discussão sobre Segurança Pública nas escolas - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 27/03/2023, às 15h24


A tragédia que aconteceu na manhã da última segunda-feira (27) na Escola Estadual Thomazia Montoro, que fica na Vila Sônia, em São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e esfaqueou pelo menos outros três educadores e um aluno, reacendeu a discussão sobre a importância de políticas públicas na educação.

Na prática, o massacre escancara a falta de segurança pública nos centros educacionais de todo o país. É o que pensa a delegada Raquel Gallinati, que é diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol).

Massacres em escolas são noticiados de tempos em tempos, mas nada é feito para solucionar. Falar em Educação hoje em dia também é falar em Segurança Pública", comenta ela.

Além disso, Raquel também enfatiza que as escolas deveriam ser locais seguros e por isso a necessidade dessas políticas públicas eficientes e que sejam capazes de evitar massacres como o que aconteceu ontem (27).

Os pais mandam seus filhos para as escolas, achando que estão seguros, mas não é isto que está acontecendo. É preciso que políticas públicas urgentes sejam implementadas. A Polícia não pode mais chegar para contar feridos e mortos e correr atrás prejuízo", reforça Raquel.

A delegada ainda lembrou, em vídeo publicado em seu Instagram pessoal, de outros ataques parecidos com o que tirou a vida da professora Elizabeth Tenreiro: em Suzano-SP, em 2019; em Realengo-RJ, em 2011; e mais recentemente, em novembro passado, em Aracruz-ES, e enfatizou que todos são cometidos por alunos ou ex-alunos que apresentam problemas psicológicos e/ou histórico de bullying.

Faltam políticas públicas corajosas e eficazes de prevenção na seara da Segurança Pública, sim, para o combate a este tipo de crime, mas, também, falta apoio psicológico. Ataque às escolas não podem ser normalizados, como já acontece, e infelizmente, com roubo de celular e sequestros relâmpagos", afirma.

Confira o relato completo abaixo:

Relembre o caso:

Três professoras e um aluno foram esfaqueados após um ataque dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, na manhã da última segunda-feira (27). Um adolescente suspeito do crime foi apreendido.

Inicialmente, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos. A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região.

Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes. A terceira sofreu parada cardiorrespiratória, foi socorrida pelo Helicóptero Águia, da Polícia Militar, mas não resistiu e morreu.

De acordo com o UOL, no celular do adolescente, foram encontradas informações de ataques em outras escolas no país, o que indica que o crime foi planejado. Segundo fontes ligadas às investigações, o aluno tinha prometido atacar professores e alunos da sua sala porque era alvo de bullying.

O ataque foi registrado por câmeras de segurança da sala de aula. Nas imagens, foi possível ver o momento em que a professora é esfaqueada nas costas e na cabeça, caindo no chão em seguida.

Veja abaixo:

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