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GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia envia presidiários para morrer na Ucrânia

Ex-detento compara ida ao campo de batalha a ser mandado para um abatedouro

Soldados ucranianos disparam morteiros contra soldados russos, muitos deles ex-presidiários - Imagem: Reprodução |  / Telegram / @ConcordGroup_Official / THE NEW YORK TIMES
Soldados ucranianos disparam morteiros contra soldados russos, muitos deles ex-presidiários - Imagem: Reprodução | / Telegram / @ConcordGroup_Official / THE NEW YORK TIMES

Marina Roveda Publicado em 27/08/2023, às 10h33


A morte de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner, levanta questões sobre as táticas controversas usadas por esses guerrilheiros russos. Entre essas táticas está o recrutamento de presidiários russos para lutar na Ucrânia. O grupo Wagner costumava cumprir acordos com seus combatentes, oferecendo-lhes liberdade em troca de sobrevivência, enquanto a Rússia muitas vezes não cumpria sua parte no acordo.

Um ex-presidiário chamado Alexander, atualmente no Exército russo, compartilhou suas experiências. Ele descreveu as dificuldades enfrentadas por sua unidade, composta principalmente por presidiários, em meio a bombardeios, ataques de atiradores e emboscadas em um terreno desafiador.

Alexander também expressou preocupação com a pressão que os presidiários sobreviventes sofriam para continuar lutando após o término de seus contratos. Ele sentia que não eram considerados humanos devido aos crimes que haviam cometido.

Unidades de presidiários russos se tornaram uma parte importante da estratégia militar da Rússia na Ucrânia, à medida que os combates prolongados causaram baixas nas forças convencionais. Os relatos de Alexander coincidem com narrativas de soldados ucranianos e prisioneiros de guerra russos, sugerindo que Moscou usa presidiários como "bucha de canhão" na guerra.

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