Passagem de Rafah abre nesta quinta para completar a saída de estrangeiros

A Autoridade Geral de Passagens e Fronteiras de Gaza anunciou a abertura da passagem de Rafah nesta quinta-feira (02) com o objetivo de permitir a saída de pessoas detentoras de passaporte estrangeiro da Faixa de Gaza. A iniciativa surge em meio aos conflitos em curso na região e visa garantir a segurança e a retirada dos estrangeiros que se encontram na área.

Os detalhes da operação foram divulgados em um comunicado emitido pela Autoridade Geral de Passagens e Fronteiras, vinculada ao Ministério do Interior de Gaza, o qual é controlado pelo grupo islâmico Hamas. Segundo o comunicado, o governo egípcio informou sobre a abertura da passagem de Rafah na quinta-feira, permitindo que "os demais estrangeiros da lista" registrados possam deixar o enclave palestino.

A Autoridade Geral de Passagens e Fronteiras de Gaza esclareceu que apenas aqueles que constarem na lista de estrangeiros poderão utilizar a passagem de Rafah para sair da Faixa de Gaza. Essa lista inclui palestinos com passaporte estrangeiro e cidadãos de outros países, como japoneses, austríacos e búlgaros, bem como trabalhadores de organizações internacionais, como a Médicos Sem Fronteiras (MSF), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e agências da ONU.

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A retirada de palestinos detentores de passaporte estrangeiro e de pessoas de outras nacionalidades por meio da passagem de Rafah é o resultado de um acordo entre Egito, Hamas e Israel, com mediação do Catar. Esta iniciativa visa garantir a segurança e a retirada dessas pessoas em meio à escalada de conflitos na região.

De acordo com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, os brasileiros que se encontram em Gaza deverão aguardar inclusão na próxima lista para deixar a região. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) informou que aproximadamente 30 cidadãos brasileiros aguardam a oportunidade de sair da Faixa de Gaza e embarcar em um avião presidencial que os aguarda no aeroporto do Cairo, no Egito.

A passagem de Rafah permaneceu fechada durante grande parte do conflito, que começou em 7 de outubro.