António Guterres destaca tensão crescente e “ciclo de violência”
Gabriela Thier Publicado em 02/10/2024, às 16h29
Em um pronunciamento firme, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou enfaticamente, nesta quarta-feira (2), o lançamento de mísseis balísticos pelo Irã contra Israel. Durante a sessão emergencial do Conselho de Segurança, convocada para abordar a situação no Líbano, Guterres destacou que tais ações "não contribuem em nada para apoiar a causa do povo palestino ou aliviar seu sofrimento".
As declarações de Guterres surgem num contexto delicado, apenas algumas horas após Israel tê-lo declarado persona non grata e proibido sua entrada no país. O governo israelense justificou a decisão afirmando que o secretário-geral não havia condenado inequivocamente o ataque iraniano ocorrido no dia anterior.
Em seu discurso, Guterres expressou profunda preocupação com a intensificação da violência no Oriente Médio, caracterizando a situação como um "terrível incêndio" que está se transformando em um "inferno". Ele relembrou que já havia alertado, na semana anterior, sobre os riscos de uma escalada de violência na região.
O secretário-geral também chamou a atenção para as violações das resoluções da ONU por parte tanto do Hezbollah quanto do Exército israelense. Ele insistiu na necessidade de respeito à integridade territorial do Líbano por parte de Israel e sublinhou que o governo libanês deve exercer controle total sobre as armas no sul do país, referindo-se especificamente ao arsenal mantido pelo Hezbollah.
Guterres enumerou os recentes ataques e represálias entre Israel, Hezbollah e Irã, observando que "cada escalada tem servido de pretexto para a próxima". Ele enfatizou que o impacto devastador deste conflito sobre os civis não pode ser ignorado e condenou as violações sistemáticas do direito humanitário internacional.
"Este ciclo mortal de violência mútua deve acabar. O tempo está se esgotando", advertiu Guterres. A sessão do Conselho de Segurança não prevê a aprovação de novas resoluções sobre o Líbano, uma vez que a resolução 1706 de 2006 - frequentemente violada - continua sendo considerada suficiente pelo atual presidente do Conselho de Segurança, Pascale Baeriswyl, da Suíça.
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